quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Vinte anos de dedicação

Vinte anos de dedicação.
Feliz aquele empresário que após vinte anos de atividade em qualquer setor pode convidar os amigos para juntos comemorarem o andamento de sua obra.
Passado o período de formação universitária inicia a luta que o projeta como administrador e financista de destaque não só entre seus conterrâneos, mas, também em terras distantes.
Quando já desincompatibilizado de outros compromissos, inicia a sua corrida para construir aquilo que propôs enquanto em atividades públicas. Acreditando no seu projeto elegeu uma área onde a proximidade com centro maior, deslocava o destino do investimento do poder financeiro local, na busca de hipotética segurança maior. Diferente dos filhos da região para lá dirigiu o seu poder administrativo e se envolveu com a criação de indústria que rápido alcançou a meta projetada incluindo os imensos benefícios para o município. Como tem o hábito de educar o recurso humano nativo para exercer as atividades que não exijam especialização em alto grau manteve escola e criou o clube da empresa.
Antes de concluir a indústria ou completar a sua capacidade de produção iniciou o outro sonho que compunha seu novo e grande projeto.
Olhou para o mar em um ponto da ilha na praia do Santinho, até então vista como perigosa e de águas frias com uma corrida perene de águas doce junto à encosta do morro que chegava á praia com crostas de cor de ferrugem. Recebia este nome em razão da imagem de um boneco desenhado em baixo relevo na pedra da encosta, hoje protegida entre as peças do museu do homem do sambaqui sediado no Colégio Catarinense. Entre outras inscrições feitas pelos índios que ali viviam e ainda não decifradas, tem também aquela cuja trama de linha da idéia de ampulheta que foi escolhida como logotipo do empreendimento.
A área era rejeitada porque quando analisada pensando em pequenos lotes não oferecia beleza individual com pouca perspectiva de solução simples.
Vendo muito adiante adquiriu toda a região e organizou um grande projeto ou uma cidade integrada. Onde reunia num só condomínio apartamentos de uso exclusivo ou integrados à administração hoteleira que compõe o complexo Costão do Santinho.
Preocupado com tudo que o cerca e com a população não proprietária que viesse a utilizar a praia, cuidou para manter junto ao mar a integridade criada pela natureza.
Para respeitar o sagrado direito de ir e vir construiu uma passarela que contorna a ponta e conduz até o canto das Aranhas na praia do Moçambique, criando alguns espaços como belvedere que permite ao bom lançador de linhas a prática da pesca de costão.
Inclui em seu espaço o morro vizinho que permanece intocado, mas, tendo o cuidado de chamar os biólogos para cadastrarem toda vegetação que o cobre e a fauna que ali constrói seus ninhos, tocas e abrigos vivendo em harmonia com a ocupação vizinha e dela se locupletando.
Sua sensibilidade humana se revela quando abriga portentos como Arthur Moreira Lima, Daniel além de outras feras das artes e da oratória.
Cuida da saúde de seus usuários com o espaço de exercício repleto de modernos aparelhos e com a salutar e variada alimentação.
Iniciando pelo bar junto à praia que me faz recordar da sua alegria por estar produzindo uma batata frita tão saborosa quanto aquelas de cadeias famosas no mundo e pela delicadeza da caipirinha.
Atento dotou sua cozinha de requinte com chefs de alto padrão criando pratos personalizados, próprios de seu restaurante.
Numa divagação, o nome restaurante vem desde o longínquo passado que queria dizer o lugar de restaurar as forças e hoje é o local de reunir para obsequiar, desenvolver relacionamento, gerar novos amigos, declarar amor, enfim ser gente.
Ainda declarando ter muito por fazer no “resort”, ergueu um belo local para eventos com espaço para muitos participantes e agora faz existir o único campo de golf da ilha.
Vinte anos são passados desde o dia em que lá estivemos para ver a lançamento da pedra fundamental de todo este desafio. Passou o tempo, de dificuldade em dificuldade foi vencendo inclusive as manifestações de inveja.
Parabéns, Fernando Marcondes de Mattos estamos orgulhosos por estar entre aqueles que você considera amigos da mesma forma como agradece à Iolanda, família e funcionários.
Vá em frente!

A pele

A Pele

A pele é um órgão e não apenas uma casca.
De todos eles é o mais pesado, algumas gramas mais que o fígado que é o maior e mais compacto. Sem ela, a vida é impossível, teríamos o corpo invadido por todos os micro organismos e outros materiais da terra.
A pele é a estrutura do corpo que recobre todos os elementos e órgãos que compõem o organismo humano. Entre os animais o porco e seus parentes, javali, cateto e queixada são dotados de pele, elefante e hipopótamo são paquidermes porque tem epitélio espesso.
A pele tem a camada gordurosa grudada no epitélio o couro tem a gordura aderida ao músculo, este fato determina a diferença entre eles. Esta definição é a responsável pelo nome de couro cabeludo.
No reino vegetal este setor é representado pela casca. Ela tem enorme função na circulação da seiva. É gentil quando guarda durante toda sua longa vida, tudo que agredindo nela gravamos, como nossos nomes e juras de amor. Esta marca indelével reproduz o formato da lesão imposta, correspondendo à cicatriz de sua recuperação.
Ela é flexível e elástica, permitindo sofrer deformação e recuperar imediatamente para não quebrar em cacos a cada batida.
No reino animal pele e couro compõem o meio de contato daquele corpo com o meio ambiente. Os sentidos é que determinam as sensações básicas que irão interagir com o cérebro que as traduz em agradáveis e desagradáveis.
A pele não absorve as coisas com as quais tem contato, pouquíssimos são os elementos químicos que a penetram exceto diante de certas doenças que permitem a absorção. Isto justifica o uso de pomadas, cremes ou loções.
Ela excreta, sebo que é composto de ácidos graxos e óleos além do suor que tem por função participar da regulação da temperatura do corpo.
Em sua estrutura encontramos de fora para dentro inúmeras camadas. A primeira é a epiderme, transparente tem a finalidade de ser impermeável e produzir células que evoluem desde a sua profundidade até a superfície composta por queratócitos formadores da camada de queratina, mesmo material do cabelo que já perderam a sua vitalidade e ali estão para proteger filtrando e alterando a qualidade dos raios do sol e assim tornar-los mais inofensivos.
Na camada mais profunda da epiderme ficam instalados os melanócitos, células produtoras de pigmento negro chamado de melanina. O aumento da concentração de melanina evita a penetração da luz para dentro do corpo. Provocado pela luz solar há aumento da produção de melanina que é estimulada pelos bronzeadores ou menos comprometedor o uso de qualquer bebida pigmentada como café, coca-cola, fanta chás, etc.
Abaixo dela tem a derme que é composta por vários elementos como as fibras elásticas, fibras do colágeno, vasos sanguíneos, terminações nervosas, folículos pilosos, glândulas sebáceas e sudoríparas.
Abaixo e intimamente colocado tem o Tecido Celular Subcutâneo composto por celas com paredes de colágeno e tecido gorduroso com nervos e vasos entre elas. Quando a parede destas celas está flácida instala-se a popular celulite, termo que em medicina quer dizer infecção generalizada desta camada com conseqüências graves.
De qualquer forma o poeta tem usado o coração como o centro do amor.
Discordamos, pois é com a pele que sentimos o contato o calor o afago e o carinho do parceiro amado além de traduzir as emoções vividas manifestadas no rubor ou na palidez.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

BOLAS
BOLAS
E
BOLAS
E A ÁRVORE ESTA COBERTA.
E A ALMA ESTA ABERTA
VELAS
VELAS
E
VELAS
E A ÁVORE ESTA ILIMINADA
A NOITE ESTA ORGANIZADA
AS LUZES PISCAM E BRILHAM
COMPLETAM E MOVIMENTAM
NOS MAIS PUROS CORAÇÕES
O IMPULSO PELAS ORAÇÕES
E EM SENTIMENTO CRISTÃO
EM UMA SÓ FAMILIA UNE SEU IRMÃO
CERTO QUE A GENTE BUSCA E FAZ
GRANDE ESFORÇO NA LUTA DIARIA PELA PAZ.
GIADOS POR ESTE PENSAMENTO NOS AGREGAMOS
ÀQUELES QUE A TODOS DESEJAM TODA FELICIDADE NESTE NATAL
COM TRABALHO SUFICIENTE PARA PROSPERAR NO PROXIMO ANO PROFISSIONAL.
RODRIGO D´EÇA NEVES

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Bolinho de chuva de massa de panqueca

Bolinho de chuva
Não havia casa ou família que não tivesse uma receita de bolinhos para fritar numa tarde de chuva.
Acredito que isto esteja ficando cada vez mais difícil, pois as cidades estão crescendo e noventa por cento das pessoas já necessita de condução para ir a algum lugar e não é mais possível visitar o vizinho da rua nem do apartamento ao lado pois já não se conhecem ou não desejam estas intimidades. Certas famílias estão semi desmanteladas e o núcleo básico da sociedade esta carente. Em casa, cada qual se isola diante de um eletrônico fica tão distante que chega a se comunicar através de mensagens pelo email.
Aquela educação básica com conceitos do certo e errado está sendo substituída pelo comando dos interesses individuais onde o que mais vale é levar vantagens pessoais que considera a ética como sinônimo de incompetência ou tolice.
Aquela boa educação onde o mais moço respeitava o mais velho e lhe estendia as mãos diante da necessidade e não deixava de cumprimentar os colegas de trabalho, desapareceu. Utilizam a palavra, senhor, apenas nos momentos de repreensão ou crítica com cinismo e não no dia a dia como deviam.
Assistimos estas constatações com medo, pois é terreno propício para a introdução de novos conceitos sociais e políticos, onde reina desestímulo, apatia, ausência de credo, que desmontam o comportamento comunitário uniforme que mantém as instituições.
Podemos observar que cidades existem com poder aquisitivo que permitiram a desintegração de seus times de futebol simplesmente pela falta de entusiasmo e espírito coletivo e ausência de líder em formação ou platéia para ele.
Apesar dos pensamentos anteriores o espírito de reunir a família, pelo menos em torno da mesa, nos faz trazer uma receita fácil e muito interessante.
Pode ser doce ou salgada bastando dosar o açúcar ou o sal sem outro ingrediente.
Recebe bem banana batida junto com os ingredientes ou outro como queijo parmesão ou ricota fresca ou curtida e defumada farelo de lingüiça, carne moída frutos do mar, etc.
A criatividade permite atender as curiosidades e vontades.
Bolinho de massa de panqueca
Farinha de trigo --------------------- quanto seja necessário
Ovos- -------------------------------------3 unid
Óleo --------------------------------------1 colher das de sopa
Açúcar - --------------------------------- 1 colher das de chá
Sal -----------------------------------------a gosto
Leite -------------------------------------- 2 copo tipo americano
Fermento químico ------------------- 1 colher da de café para cada ovo
Quando com camarão-
Pimenta do reino --------------------- povilhar sobre os camarões
Alho,-------------------------------------- 1 dente grande
pimentão, gengibre. ----------------- pedaços sem exagero
Camarão, ------------------------------- ½ quilo

No liquidificador:
Colocar três ovos (clara e gema, abrir antes em local diferente para não perder a massa se estiver estragado),
Fio de óleo (Azeite de oliva de preferência),
Fermento 1 colher rasa das de chá para cada ovo
Pequena colher de açúcar (para melhorar a liga da massa), Sal e pimenta do reino a gosto, alho 1 dente grande, pimentão.pedaços, gengibre pequeno pedaço, camarão 1 xícara de chá, leite dois copos e a farinha de trigo é adicionado pouco a pouco, até desaparecer o buraco que se forma no centro do conteúdo do liquidificador em movimento.
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Untar uma forma (de suflê grande ou individual) com manteiga, enfeitar com camarões inteiros (é facultativo em formas grandes adornar com tiras de pimentão) levar ao forno pré- aquecido e assar até que o palito introduzido, saia seco.
Como falamos é simples e permite toda fantasia que não produza muita água e altere as relações com o trigo, situação que não possibilita assar nem crescer. O ponto da massa apresentado como o desaparecimento do olho no centro do liquidificador enquanto em movimento, demonstra esta relação com a umidade que se alcança colocando paulatinamente a farinha.
O ponto para considerar assado é o mesmo de todos os bolos, ou seja, crescido, dourado e seco quando conferido com um palito.
Não desejamos chuvas para que a receita seja experimentada, recomendamos para o lanche da tarde de qualquer dia, ela aproxima a família, alegra amigos ou cativa novos.
Necessitamos recriar a família como ela deve ser, integrada e participativa.

sábado, 19 de novembro de 2011

Coisas da Cirurgia Plástica

Coisas da cirurgia plástica.
Há o credo junto à população que é vantagem reunir mais de uma cirurgia para serem realizadas de maneira associada.
Esta é a impressão de vantagem que existe entre as pessoas que desejam uma modificação global alterando todas as áreas do seu corpo de uma só vez.
Não devemos esquecer que todas as cirurgias são iguais e que no caso da cirurgia estética o paciente não esta doente e a operação tem por finalidade promover o encontro entre o corpo e o espírito na busca da restituição e revigoração da auto-estima.
A expectativa que mexe com os sentimentos do belo e do bem estar às vezes libera o entendimento que tudo é possível e fácil.
Hoje sentimos existir uma espécie de competição entre os pacientes que comparam entre si volumes de prótese de silicone como se os tamanhos do tórax fossem iguais, nestes casos cada paciente tem um tamanho de prótese para ser implantada segundo seu corpo da mesma forma que variam os tamanhos dos sapatos.
Outra inocência é quando o paciente chega ao consultório encomendando um tipo de tratamento como se fosse a compra de quilos de comida ou modelo de vestido.
Isto é impossível, pois há um corpo e técnicas cirúrgicas que permitem resultados dependentes de indicação médica mantendo sempre nexo de causa e efeito.
Todos os pacientes são operados com o peso corporal do momento, passados dias meses ou anos qualquer modificação deste detalhe altera o resultado.
Na verdade o candidato à cirurgia vai a seu médico e confessa a ele que sua alma não esta satisfeita com determinado detalhe do seu corpo, cabe então ao médico avaliar, chegar a um diagnóstico e discutir com o paciente sua proposta de tratamento e não simplesmente aceitar a encomenda. A ação do médico é limitada por vários itens a serem observados que são de desconhecimento do paciente, mas, que fatalmente conduzem o resultado que pode ser considerado desconforme e gerar indisposição entre médico e paciente.
Hoje em dia com a teleconferência, programas de ensino continuado, revistas especializadas, internet, congressos, etc, o aceso à informação é tão grande que não existe mais o médico melhor ou pior informado. Como em tudo na vida, características pessoais fazem sim uma diferenciação sem, todavia, desqualificar ninguém. As sociedades especializadas e os Conselhos Regionais estão à disposição na internet, atendem por carta ou telefone, respondendo sobre quem é e condição do medico escolhido.
O curso de medicina é uno, as especializações são desenvolvidas após o curso regular, a constituição nacional reconhece o médico como capaz e aceita que pratique qualquer ato pertinente á profissão. No caso da cirurgia plástica completados os 6 anos de curso regular seguidos de mais 5 anos de especialização, portanto, implica em 11 anos de formação.
Preocupa-nos quando a escolha do médico é feita pelo preço. Na maioria das vezes leva o paciente a submeter-se à cirurgia com médico não especializado com grande risco de insucesso.
A maioria dos acidentes em cirurgia plástica está ligada à banalização do ato cirúrgico, abuso na solicitação ou indicação arrojada por excesso de segurança.
O Conselho Regional de Medicina de São Paulo em 2009 diante do alarmante número de acidentes desenvolveu uma pesquisa entre os ofendidos e encontrou um dado muito importante, 97% dos acidentes em cirurgia plástica, aconteceram nas mãos de leigos ou médicos não cirurgiões plásticos. Outro espaço que é preocupante está ligado ao crescente uso de material injetado como botox, polimetilmetacrilato, ácido hyalurônico, tatuagens e outros em razão das contaminações ou rejeições possíveis. A implantação de brincos (pearcing) na orelha onde tem cartilagem pode determinar infecção chamada de pericondrite e conseqüente destruição total da orelha com retrações e engrouvinhamento que a deixa com aspecto de couve-flor.
Todo paciente deve antes de qualquer cirurgia ser avaliado em sua totalidade seguindo os protocolos de segurança que se diferenciam em razão da idade e condições de saúde naquele momento. Nem todas as pessoas podem ser operadas nem atendidas em todas as suas pretensões.
Aliás, em medicina tudo pode ser feito algumas coisas não se deve fazer.
Por exemplo, após a cirurgia vem a pergunta, - Posso fazer exercício? - a resposta ideal se não for o momento é; - Pode, mas, não deve.
O médico não proíbe nem da ordem, ele dá conselho, segue quem for esperto.

Congresso médico

Congresso

Entendemos como congresso toda reunião de pessoas que se reúnem para discutir e desenvolver algum assunto que seja de credo geral ou mesma prática profissional.
Assim quando se trata de congresso eucarístico ali se reúnem cristãos que crêem na eucaristia, quando é congresso literário reúnem-se literatos e em congressos médicos reúnem-se médicos.
Durante três a quatro dias discutem-se temas relativos à medicina ou limitado à especialidade.
O local é escolhido durante o evento do ano decidindo através de votação em reunião integrada pelos presidentes regionais e representantes da nacional, tentando mobilizar dentro dos limites das macro-regiões do Brasil e como tudo envolve política, a campanha é divertida e movimentada.
Todo congresso médico, uma vez definida a cidade, escolhe o espaço onde se desenvolverão os trabalhos. Para tanto são necessários auditórios amplos com todos os recursos de som e imagem, hoje controlados por computador. Existem muitas formas de apresentar os trabalhos científicos.
Cientificamente todo congresso é regido pela associação médica geral ou da especialidade.
Por vezes são apresentadas cirurgias ao vivo, aulas ou conferencias através da tele conferencia com condições de retorno de áudio que permite falar diretamente com o palestrante.
Mediante convite o médico com saber reconhecido por seus pares é chamado para falar sobre o tema onde mais se destaca, em mesa redonda, seminário ou conferencia.
Os conferencistas são médicos brasileiros ou estrangeiros que se destacam através de publicação de trabalhos científicos em revistas nacionais ou internacionais.
Outros se inscrevem com temas livres, vídeo editado, pôster, etc. formas de apresentar assuntos que vem estudando e pesquisando e sobre os quais já tem alguma conclusão.
A participação do médico em congresso de maior afluxo é paradoxal diante do esforço que faz para estar lá, se observarmos que tem em geral apenas uma intervenção que dura não mais que 8 a 10 minutos para expor de maneira reduzida seu trabalho usando fala, fotos ou pequenos filmes.
Cada intervenção é certificada que ao longo da vida é o tesouro que compõe nosso currículo, às vezes, sem paredes suficientes para pendurar tanto diploma.
Da programação social constam coquetel de abertura e jantar festivo, estes momentos festivos na verdade são os responsáveis pelo congraçamento dos participantes que na maioria já se conhecem e se ocupa em estreitar ainda mais os laços de amizade.
O número utilizado para os contratos antecipados é baseado no fato de que em geral 30% dos participantes se inscrevem antecipadamente. Ainda que não saibamos quantos estarão presentes tudo é calculado por hipótese sobre esta estimativa.
Esta forma de organizar é muito difícil porque nunca se sabe por antecipação o número exato de participantes e nem a receita disponível.
Para viabilizar estes encontros o médico tem que ter posses suficientes para cobrir todas as despesas. Corre por sua conta viagem, estada hoteleira, inscrição no congresso pessoal ou casal se a esposa acompanhar, além do tempo que se afasta e deixa de trabalhar sem remuneração.
O recurso para a sociedade da especialidade ter condições de efetivar o encontro é oriundo das inscrições, anuidades e venda de balcões para os laboratórios fazerem exposição e venda de seus produtos, o estado não participa a não ser com o abono das faltas.
Se a adesão não corresponder em número de inscritos suficiente, o prejuízo é pago pelos organizadores. Tudo, entretanto, é feito em nome do maior conhecimento científico e melhor capacidade profissional desta forma dirigido à sua comunidade e clientela.

Nesta semana que envolve o feriado do dia 15, estaremos em Goiânia no Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica que reúne em torno de 3000 participantes.
Ficamos contentes por participar da programação científica, ensinando e aprendendo no mesmo tempo que divulgamos o encontro em Florianópolis que foi escolhida para sediar um evento internacional em dezembro próximo, porque tem apelo turístico muito marcado e profundo na região que reúne Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil. O Congresso do Cone Sul que faz parte da programação anual da Federação Ibero Latinamericana de Cirurgia Plástica.
Como conclusão desejo esclarecer a quem não conheça que os eventos recebem nome de palestra, conferencia, curso, encontro, seminário, jornada ou congresso segundo a magnitude geográfica envolvida, duração e número de participantes que o evento representa.

domingo, 30 de outubro de 2011

Faça um prato Chic

Camarão no champanhe
E:mail - rodrigodeca@gmail.com

Para dois ou em grupo você pode fazer vezes de “Chef du Cuisine”.
Não é difícil. Necessita um mínimo de conhecimento, ingredientes, tempo motivação, boa vontade e paciência. A proposta é sofisticada conforme a preparação e o carinho a serem dispensados. Desta forma vamos analisar a proposta. As quantidades serão utilizadas segundo a posição do prato, se for apresentado como entrada, basta dois camarões se for prato principal quatro deles, aumente o número de camarões na proporção que seu tamanho fique menor. Aconselho deixar alguns sobressalentes para eventual apaixonado que deseje “repeteco”, pois fica muito saboroso.
Assim como o vinho cujo sabor não pode encobrir o do alimento servido os temperos não podem encobrir o sabor do motivo do prato servido.

Ingredientes:
Camarão grande (pistola), calda de lagosta ou peixe, 300g por pessoa.
Cebola 1 média ralada para cada quilo de camarão
Alho 2 dentes para cada quilo de camarão
Farinha de trigo colocar aos poucos para dar o ponto ideal
Pimenta do reino – a gosto moída na hora sobre o camarão
Noz moscada - pitadas
Champanhe (brut) – 1 a 2 copos em razão da necessidade
Manteiga 1 colher das de sopa para cada quilo de camarão
Sal-pimenta do reino a gosto
Gengibre ralado - a gosto sem exagero (opcional)

Molho – Fogo brando
Derreter a manteiga
Fritar a cebola ate quase dourar
Acrescentar a farinha de trigo, fritar como para molho branco,
Noz moscada 1 pitada,
Gengibre ralado
Dissolver com champanhe mexendo sempre
Água ou caldo de verdura sem sal para completar a diluição

Cozinhar ao dente o camarão, lagosta ou peixe em pedaços neste molho e servir.




Notas:
Polvilhar moderadamente o camarão, peixe ou lagosta com pimenta do reino e sal.
O molho deve ficar com espessura suave, ainda ralo sem ganhar consistência de mingau. Deve escorrer de uma colher, mas, não espalhar no prato como caldo quando servido. Bater para desfazer os grumos. Não exceder na quantidade de champanhe, pois gera sabor acentuado de fermentado. Se necessitar utilizar água para manter diluído o molho.

Arroz
Cebola 1 média e 1 dente alho finamente picados
Pimentão - finamente picado em cubos 1 fatia
Batata inglesa 1 média ralada
Ervilha- a gosto
Milho – 1 lata
Arroz- 1 xícara das de chá para cada três pessoas
Pimenta do reino, a gosto
açafrão ou cúrcuma – alguns pistilos ou 1 colher das de chá dissolvidos em água morna
Tomate cereja inteiro 1 para cada convidado
Sal a gosto

Esquentar o óleo e fritar a cebola até vidrar, alho, arroz, e juntar milho, ervilha, polvilhar com pimenta do reino moída na hora, cubinhos de pimentão, batata ralada, cobrir tudo com dois dedos de água e juntar o açafrão ou cúrcuma.
Colocar os tomates sobre tudo e cozinhar junto
Cozinhar tudo ao ponto do arroz.
Montagem do prato:
Com tigela ou xícara moldar uma quantidade do arroz enfeitado com o tomate cereja cozido e um ramo verde (cru) fora do centro do prato, dispor os camarões encostados no arroz, cobrir o restante do fundo com o molho sem ocupar as bordas.
Pode também dar asas a criatividade

Como entrada pode ser servida torrada composta por,
Torrar Fatia de pão salgado em forno forte:
Fina camada de patê de carne de porco defumado (tipo lingüiça)
Enfeitar com: Fatias de tomate cereja e folhas de manjericão

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Monarquia

Monarquia
A monarquia está viva, ela ainda existe.
Esta forma de governo sobrevive em número significativo de países em todo mundo. A temida opressão existe apenas em regimes ditatoriais, sob argumento de democracia liberal onde nem a imprensa pode se manifestar.
Não tenho conceito firmado sobre as monárquicas do oriente, que são muitas. Sabemos que o império chinês fechou suas portas para o mundo ao atingirem elevado nível de desenvolvimento superando todas as outras culturas da época. Este bloqueio não evitou que os países alcançassem o conhecimento que tentaram obstruir durante quase 2000 anos. A revolução popular desmantelou a corte chinesa, cruzou grande período reprimido sob governo não monárquico, mas, totalitário e ditatorial. No Japão ainda é mantido o sistema imperial com grande valia, pois é aberto buscando o bem estar da população e não do governo. Todavia o respeito à figura do monarca é tão intensa que quando erra em cargo do governo não encontra além do suicídio a reparação de seu mal.
Podemos observar algumas situações como Dinamarca, Suécia, países monárquicos onde a condição da economia permite vida digna para seus súditos sendo repartida de forma semelhante, independente da atividade de cada um. A Inglaterra é a mais discutida, porém, centraliza boa parte das evoluções culturais porque é extremamente liberal sem abandonar o controle da população onde também há desvios de conduta, mas, não permanecem impunes. Recebem grande número de estrangeiros que lá permanecem exercendo as mais variadas funções. Honram àqueles originários de suas colônias zelando por seus direitos, reconhecendo a devida cidadania.
A Espanha cruzou longo tempo sem acatar sua casa real, entretanto obteve rápido e grande desenvolvimento após retornar à sua condição anterior de monarquia. Apesar de ter seu rei o sistema é parlamentar e socialista exercido pelo primeiro ministro em perfeita harmonia com a corte em favor de seu país.
Existem outras nações onde revoluções populares instalaram regimes comunistas em que apenas seus mandantes alcançaram o direito ao bem estar em contrapartida adotaram rígido controle contra a população o que em tempo curto, levou à falência, moral, econômica e social por falta de legitimidade.
Na América sob variadas formas mantinham um chefe (cacique ou rei) e praticavam o comunitarismo onde todos lutavam pelo bem comum como ainda perdura entre nossos indígenas.
Em outras situações como Venezuela, Cuba e Bolívia a promessa de liberdade e igualdade se transformou em ditadura repressiva e opressiva como estamos assistindo e exercida por pessoa comum e não rei.
Quando as pessoas que propõem o retorno ao regime monárquico para o Brasil se manifestam estão pensando em regime livre, respeitador, honesto dirigido para o bem comum.
Durante o governo de D Pedro II o sistema era parlamentarista com pessoas que exerciam papel de deputados e senadores. Nos municípios a função legisladora era exercida pelos conselheiros, pessoas escolhidas por consenso popular que amavam sua cidade, possuíam bens que os permitia dedicarem seu tempo sem qualquer remuneração. Além de cargo honorífico era salutar, pois eliminava os compromissos eleitorais que hoje interferem na moral, abrem a permissividade e estimulam a cobiça das pessoas.
O primeiro ministro eleito por seus pares administra os bens públicos voltado unicamente ao bem estar do povo. Perde seu mandato por falta de competência ou deslize moral
A figura do rei ou imperador representa um moderador que mantém as causas públicas dentro de uma linha de ação sem interferência ou retrocesso, pois não há variação de partido no comando. A decisão do que fazer cabe ao parlamento a forma de realizar cabe ao primeiro ministro e a mediação cabe ao monarca. Ele desde o seu nascimento é preparado para atuar como estadista, representar o país e por ele zelar. Como sua ascensão independe da política, não necessita fazer composições para alcançar o cargo, podendo manter total isenção e independência nas suas posições.
O rei utilizará suas propriedades e receberá salário como já acontecia com D Pedro II, enquanto suas atividades oficiais são providas pelo estado como é oferecido a qualquer governante.
A figura do rei faz parte da cultura do nosso povo, demonstrada nas vestimentas de carnaval que mantém a modelagem da corte, nos reis que nomeamos para futebol, musica, pipoca, soja, carne, etc.
Compramos e pagamos com o real, rendemos homenagem aos reis Roberto Carlos, Pelé e outros tantos ao mesmo tempo em que negamos a evidente necessidade do retorno à monarquia.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Tumores de pele

Tumores de pele
As lesões em geral quando formadas por proliferação de um determinado tipo de célula, geram uma unidade volumosa considerada tumor.
Todas as lesões, independente da cor, genericamente conhecidas como “sinal”, são aquelas as quais me refiro como “tumor”. Difere das situações em que há um edema (inchaço) limitado fazendo volume sem estabelecer uma estrutura celular são chamadas de “tumoração”, abcesso com núcleo repleto de secreção é o exemplo que posso citar. As tumefações são aqueles volumes de edema difusamente elásticos sem limites definidos.
As lesões podem ser malignas ou benignas felizmente as mais freqüentes. O tratamento das cancerosas deve demorar o menor tempo possível para se desencadeado. Para as lesões benignas a solução é sempre estética, pois sua permanência não causa nenhum mal. Para a maligna o tratamento será determinado pelo diagnóstico que avalia o seu comportamento e risco.
Sempre que for percebida uma mancha que altere seu volume, cor, consistência, com ou sem sintoma deve ser avaliado por médico clinico ou cirurgião ligado à pele para orientar o tratamento. Os bordos podem ser definidos, indefinido, elevado, regular ou irregular cuja análise auxilia no diagnóstico e prognóstico. Os sintomas mais comuns são pruridos (coceira), fisgada, dor, ulcera, descamação, crosta com ou sem sangramento.
Úlceras que não cicatrizam em um mês devem ser examinadas, lesões que ultrapassam este prazo em geral são malignas e necessitam acompanhamento médico.
Há ferida produzida por fungos, micro organismos que simulam câncer de pele e podem ser resolvidas com medicamento oral ou pomada, todavia é importante alguém experiente para diferenciá-las .
Todas estas lesões aparecem com maior ou menor facilidade dependendo da cor da pele. O sol através dos raios ultravioleta é o responsável por toda degeneração que ocorre no epitélio. Dos tipos conhecidos de pele, a branca é a mais sensível e a negra é a mais resistente embora todas estejam sujeitas às alterações e ao câncer.
As crianças mais clarinhas quando na praia se expõem em excesso ao sol que é intensificado pelo reflexo na areia, queimam, descascam e logo aparecem as “ephelides” (sardas) no rosto e ombros. Ao descascar a primeira camada da pele formada por queratina que atua como filtro é eliminada, em geral após formar bolhas com o suor e expõem as células mais profundas sensíveis à luz e calor. Trabalhos realizados na Austrália observaram que a sua população com etnia predisposta submete-se a sol intenso, razão pela qual desenvolve mais câncer de pele que em outros países. Nestes últimos anos pela rarefação na camada de ozônio e liberdade de penetração dos raios solares, aumentou muito o número de lesões malignas na pele inclusive em nosso território.
Existem as lesões conhecidas como pré-câncer que evoluem para malignidade ao serem estimuladas por fatores externos. O controle destas alterações facilita o diagnóstico precoce e favorece o tratamento.
Quando pequenos, os tumores permitem cirurgia eficiente com menor destruição com cura e resultado estético/funcional de melhor qualidade.
O habito do uso de filtro solar entre 15 e 20 FPS já permite boa proteção e tem reduzido o aparecimento destas intercorrências.
São oferecidos vários tipos de “bronzeadores” que na realidade são tintas que pintam a primeira camada da pele ( queratina) e desaparecem tão rápido quanto colorem de conseqüências desconhecidas.
Na pele há uma camada de células (melanócitos) que fica na base da epiderme e são as responsáveis pelo escurecimento da pele, produzindo pigmento negro (melanina). Quem estimula a produção de melanina é a luz não o calor e as bebidas como (café, fanta, coca cola, etc) sensibilizam os melanócitos e aumentam a formação de pigmentos.
Baseado nestas verdades é que se fazem as campanhas de prevenção alertando para os fatos descritos.
Acompanhar as alterações que aparecem na pele ou as modificações que ocorrem nos “sinais” é um comportamento necessário para evitar surpresas.
O abuso do sol na juventude é o câncer de pele da maturidade.
Cuidem-se.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Barco em tempo ruim

O barco em tempo ruim.
Como sabem todo barco tem por baixo o casco redondo no sentido transversal e relativamente reto de proa a popa. A proa (frente) necessita de inclinação que force o casco subir e de uma lâmina vertical que corte as águas, já a popa (atrás) é montada de maneira a sustentar o casco sem permitir o embarque da onda que a persegue quando se navega a favor das vagas. Na parte inferior próximo ao apoio do mastro é a localização da quilha que é fixa e tem seu peso proporcional ao tamanho de cada iate, nos barcos menores para uma ou duas pessoas este recurso é feito com uma lâmina móvel de metal que é a bolina. Desta forma o barco pode inclinar até o vento escorregar pela vela deixando-o quase deitado que volta à sua posição vertical na primeira redução da causa. Isto não ocorre com os barcos pequenos chamados de monotipos e dotados de bolina que podem virar.
Este fato não apresenta maior perigo, pois são equipados com compartimentos estanques ou bóias de plástico que os mantém flutuando. Além do banho e da mobilização dos objetos dentro da embarcação, nada mais incomodo acontece.
Este peso de compensação corresponde ao que se chama de lastro que pode ser fixo como no caso da quilha que permite fazer dela uma embarcação estável e segura, móvel quando é carga como se faziam nas caravelas ou o peso dos tripulantes quando em barco pequeno. O lastro é calculado para suportar a pressão e esforço que o vento faz sobre as velas e deve compensar o efeito das estruturas altas (mastreação) permitindo uma inclinação segura e estável.
No manejo do barco devemos trocar de bordo, soltar ou caçar as velas na mudança de rumo e assim manter o equilíbrio. No vento forte a opção é mudar a vela de proa por uma menor, reduzir o tamanho da grande ou mestra para manter o equilíbrio do barco sem perder velocidade nem a potencia tão importante para cortar as águas e manter a dirigibilidade. Existe momento dentro de uma tempestade que se retiram todas as velas e a navegação é feita em árvore seca a busca de abrigo. Outras vezes permite mínimas velas e exige que se soltem cabos (cordas) no mar com algum objeto amarrado que não afunde, chamada de âncora flutuante que ajuda a alinhar e manter o rumo por permitir estabilizar a embarcação, momento em que a mobilização sobre o convés é feita apenas quando for imprescindível e sempre preso a um cinto de segurança.
Nestas ocasiões o mar que se forma fica coberto de pequenas ondas que quebram e fazem espuma em tal quantidade que o mar se veste de branco, as vagas aumentam de tamanho e a visibilidade é muito prejudicada, se alguém cair na água dificilmente será encontrado. Todo marinheiro deve conhecer de costura, marcenaria, mecânica, primeiros socorros e principalmente o uso dos instrumentos de navegação. Distante e a noite nem sempre é possível ver as luzes da costa e nestes dias as estrelas estão encobertas e não há como se guiar sem GPS, posição determinada por satélite.Estes barcos em geral são equipados com rádio e a comunicação é muito importante.
Os pescadores se utilizam da vaga para apenas por intuição, saberem sem instrumento a direção da terra.
Não sobra roupa seca uma vez que a chuva e o respingo do mar molham tudo e ninguém pode abandonar seu posto para nada.
O trabalho é dividido por turnos de quatro horas quando e o repouso num beliche que se chama de tarimba é obrigatório, depois de algum tempo quando ali consegue dormir, o marinheiro esta tarimbado.
A parte anterior das tempestades é chamada de cabeça e tem maior intensidade. Estes instantes são rápidos, irregulares e violentos, porém, a borrasca amaina, regulariza e a tranqüilidade volta a bordo. Embora trabalhosas e difíceis as soluções, são obtidas por que quem vai ao mar se prepara em terra.
Frio e fome não existem, apenas líquido é de consumo rigoroso.
Na ausência de ventos (calmaria) era passar o tempo com o barco parado balançando. Entre os tripulantes tinham aqueles que representavam peças de teatro ou músicos que executavam composições feitas especialmente para serem apresentadas a bordo como existe até hoje em navios de cruzeiro.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Camarão no Champanhe

Camarão no champanhe
E:mail - rodrigodeca@gmail.com

Para dois ou em grupo você pode fazer vezes de “Chef du Cuisine”.
Não é difícil. Necessita um mínimo de conhecimento, ingredientes, tempo motivação, boa vontade e paciência. A proposta é sofisticada conforme a preparação e o carinho a serem dispensados. Desta forma vamos analisar a proposta. As quantidades serão utilizadas segundo a posição do prato, se for apresentado como entrada, basta dois camarões se for prato principal quatro deles, aumente o número de camarões na proporção que seu tamanho fique menor. Aconselho deixar alguns sobressalentes para eventual apaixonado que deseje “repeteco”, pois fica muito saboroso.
Assim como o vinho cujo sabor não pode encobrir o do alimento servido os temperos não podem encobrir o sabor do motivo do prato servido.

Ingredientes:
Camarão grande (pistola), calda de lagosta ou peixe, 300g por pessoa.
Cebola 1 média ralada para cada quilo de camarão
Alho 2 dentes para cada quilo de camarão
Farinha de trigo colocar aos poucos para dar o ponto ideal
Pimenta do reino – a gosto moída na hora sobre o camarão
Noz moscada - pitadas
Champanhe – 1 a 2 copos em razão da necessidade
Manteiga 1 colher das de sopa para cada quilo de camarão
Sal-pimenta do reino a gosto
Gengibre ralado - a gosto sem exagero (opcional)

Molho – Fogo brando
Derreter a manteiga
Fritar a cebola ate quase dourar
Acrescentar a farinha de trigo, fritar como para molho branco,
Noz moscada 1 pitada,
Gengibre ralado
Dissolver com champanhe mexendo sempre
Água ou caldo de verdura sem sal para completar a diluição

Cozinhar o camarão lagosta ou peixe em pedaços neste molho e servir.




Notas:
Polvilhar moderadamente o camarão, peixe ou lagosta com pimenta do reino e sal.
O molho deve ficar com espessura suave, ainda ralo sem ganhar consistência de mingau. Deve escorrer de uma colher, mas, não espalhar no prato como caldo quando servido. Bater para desfazer os grumos. Não exceder na quantidade de champanhe pois gera gosto de fermentado

Arroz
Cebola 1 média e 1 dente alho finamente picados
Pimentão - finamente picado em cubos 1 fatia
Batata inglesa 1 média ralada
Ervilha- a gosto
Milho – 1 lata
Arroz- 1 xícara das de chá para cada três pessoas
Pimenta do reino, a gosto
açafrão ou cúrcuma – alguns pistilos ou 1 colher das de chá dissolvidos em água morna
Tomate cereja inteiro 1 para cada convidado
Sal a gosto

Esquentar o óleo e fritar a cebola até vidrar, alho, arroz, e juntar milho, ervilha, polvilhar com pimenta do reino moída na hora, cubinhos de pimentão, batata ralada, cobrir tudo com dois dedos de água e juntar o açafrão ou cúrcuma.
Colocar os tomates sobre tudo e cozinhar junto
Cozinhar tudo ao ponto do arroz.
Montagem do prato:
Com tigela ou xícara moldar uma quantidade do arroz enfeitado com o tomate cereja cozido e um ramo verde (cru) fora do centro do prato, dispor os camarões encostados no arroz, cobrir o restante do fundo com o molho sem ocupar as bordas.
Pode também dar asas a criatividade

Como entrada pode ser servida torrada composta por,
Torrar em forno forte:
Fatia de pão salgado
Patê de carne de porco defumado (tipo lingüiça)
Enfeitado com:
Fatias de tomate cereja e folhas de manjericão




Consulte o Blog : “Rodrigo d´Eça Neves; Cirurgia Plástica Dúvidas, Soluções e Humor.”

Barco a vela

Barco a vela

O homem usou os troncos juntos ou separados para boiar, depois aprendeu valer-se do fogo controlado para escavar a arvore e fazer a piroga.
Em razão dos recursos, possibilidades e necessidades foi variando tamanho e formato até chegar numa canoa que tinha desenho e comprimento diferente se usada em lago, rio ou mar.
No começo o barco era impulsionado com paus ou varas, depois com os remos que lhes custava muito alimento para enfrentar o desgaste deste esforço.
Com a escravatura, obrigavam os conquistados a realizarem esta atividade em condições subumanas nas famosas e temidas galés.
Com o tempo foi observado que o vento movia o barco sem necessidade de remar ou facilitava permitindo o uso de maneira mista.
Muito tempo passou, atingindo até a nossa época quando Marconi, inventor que além de criar o radio também desenhou a vela triangular. Antes dele o que se tinha era a vela quadrangular que apenas empurrava o barco e dependia da direção favorável do vento para seguir viagem. Com a vela triangular houve grande avanço, pois permitiu navegar contra o vento.
Os barcos hoje equipados com a vela de Marconi movimentam-se porque verdade ela bloqueia o vento, criando uma área de vácuo na frente do barco, fazendo com que ele seja sugado e viaje quase contra o vento até um ângulo de 30 graus em reação ao eixo da rajada.
A qualidade da vela depende de muitos fatores como, corte e tipo de pano que aliado ao desenho do casco e conhecimento da tripulação é possível navegar em velocidades cada vez maiores.
Durante o período das descobertas as caravelas, equipadas com velas quadradas navegavam apenas com vento em popa, fazendo perder muito tempo na espera dos ventos a favor.
Florianópolis foi um porto seguro onde eles esperavam longo tempo pela temporada de ventos favoráveis que lhes permitisse viajar no rumo da Antártida e cruzar a ponta sul da América. Com o tempo foi descoberto e passou a ser utilizado o estreito de Magalhães que permitia navegar em águas protegidas. Os viajantes enquanto aguardavam, acontecia total integração, eram hospedados nas casas dos nativos, namoravam, casavam ou apenas procriavam. Abasteciam-se de viveres, água, frutas cítricas e madeira. Muitas histórias eram contadas, reais ou criadas, sempre lendárias com intenso tom de aventura coloridas pela exaltação da valentia.
Num momento os barcos mais famosos eram ingleses conhecidos por ”clipper” com três mastros e muitas velas, deles o “Cutty Sark ( 1869)” era exemplo de qualidade e por isso o mais famoso. Em razão da sua velocidade podia fazer maior numero de viagens ao oriente e transportar maior volume de especiarias, seda e outros produtos de grande valor econômico na Europa. Hoje é homenageado com o nome de um uísque e pode ser visitado no porto em Greenwich/Londres.
Com o tempo o barco a vela foi cedendo o seu lugar e a primazia de singrar mares e oceano, para o vapor, tamanho e capacidade dos navios já em aço,
O embalo e a faceta romântica que envolve este tipo de embarcação mantiveram sua construção e avanços voltados para recreio e competição.
O de recreio depende do poder econômico do armador e proprietário que o constrói com muito luxo e recursos.
A competição é o laboratório onde há maior pesquisa na busca de materiais leves e resistentes, mirando melhor rendimento e vitória. Os barcos menores chamados de monotipo, em geral dependem da escora realizada pelo marinheiro condutor que inclina o corpo para fora da borda e faz com seu peso a compensação da pressão do vento exercida sobre as velas.
Tanto no grande, chamado de barco de oceano como no monotipo, os tripulantes trabalham muito para controlar e fazer o barco navegar com velocidade e segurança.
Quando é competição a perícia é muito importante aliada à tática, conhecimento dos ventos, leitura das condições do mar e previsão do clima.
Neste caso o esforço é maior principalmente se for monotipo como aqueles utilizados nas olimpíadas e ou outros campeonatos.
Aquele que olha de fora apenas vê o romantismo sem fazer idéia do trabalho desenvolvido a bordo nem das privações a que se submetem os tripulantes dentro do barco de competição ou até mesmo em simples passeio.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Endereço e telefone

Tem sido solicitado meus endereços
Profissional:
Centro Médico Florianópolis
r.: Presidente Coutinho 579, s. 503
f.: 0xx 48 32220781

Email- rodrigodeca@gmail.com

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Caça as lebres

A lebre é um mamífero da família Leporidae pertencente ao gênero Lepus ou Promologus tímido e de olfato desenvolvido.
O macho recebe o nome de lebrão e a fêmea de lebre. Comumente é confundido com o coelho que também é um Logus. Caracteriza-se por apresentar pelagem parda com variações de tons entre dorso e ventre. Suas orelhas são mais avantajadas que as dos coelhos têm costume de perambularem à noite.
Roem tudo que encontram e reconhecem como alimento. Algumas plantações de grãos como amendoim são as preferidas. Para tanto cavam junto à planta e desenterram as nozes destruindo enormes áreas, pois agem em grupo. Adoram alface e outros produtos das hortas. A geografia da região sempre foi a responsável pela limitação deste animal confinado na região sul além do rio Mampituba, por um lado a praia e o mar, por outro a serra com as escarpas dos aparados da serra e seus cânions.
Na Australia elas foram levadas da Europa, entretanto sua proliferação por falta de predadores foi em proporções astronômicas constituindo-se em verdadeira praga e elas eram apreendidas com uso de redes nos campos.
Como curiosidade, registramos um fato interessante causado pelo progresso que interferiu alterando a fauna e a flora. Na região sul do estado a lebre apareceu, infestou e se estabeleceu, após cruzar o rio Mampituba através da ponte da BR 101.
Na cadeia animal a lebre e o coelho fazem parte da alimentação preferida de todos os carnívoros, razão pela qual a natureza dotou a espécie de agilidade e grande capacidade proliferativa que explica sua presença em numero significativo em toda região sul de Santa Catarina.
Como fato curioso foi observado que a lebre fêmea bate no macho para mostrar e estabelecer o momento ideal para proliferação.
Por se tratar de um bicho de grande volume atingindo de 4 a 5 quilos tem volumoso lombo com membros posteriores bem desenvolvidos, sua carne abundante é clara de sabor delicado apesar de rústico.
Toda região era rica em caça como marreca do mato, perdiz, codorna, por vezes cisne branco e toda fauna de banhado, hoje proibido e controlado.
Um dos animais era chamado de cujá ou ratão do banhado conhecida nos países que usam peles no vestuário com o nome de nutria. Esta caça tinha sua carne comercializada no mercado público de Tubarão e sua pele é que tinha valor e espaço no mercado paralelo.
A caça da lebre, hoje não sei, à época não era reprimida e possuía características muito particulares. O horário especial é após o pôr do sol e início da noite, de preferência em noites sem luar. Espingardas de calibre grosso e munição pesada são as indicadas.
Na carroceria de camionete ou jipe sem capota, munidos de faróis de carro que permitiam iluminar a sua volta e encontrar a lebre, quando manejados com maestria. As lebres são pardas e conseguem atingir a velocidade em torno de 55 km/hora. Quem atua como faroleiro varre as áreas com movimentos horizontais sem utilizar a arma, a equipe dividida em duas atuava à direita ou à esquerda buscando as lebres nos pastos ou gramados onde se aglomeravam ou eram mais freqüentes. Seus grandes olhos com amplas pupilas refletiam a luz de cor vermelha que as identificava pois em baixa altura não confunde com o cachorro que tem cor esverdeada.
Com o retorno já dentro da noite a limpeza do produto da caçada era realizada em seqüência assim como a partilha.
A minha cota não rendia muito tempo, pois os amigos sabendo do troféu se reuniam na minha casa e lá ele era comido assado. Na verdade acontecia reunir tanta gente que a cada um tocava um pequeno pedaço funcionando como aperitivo.
As peles eram abandonadas por apresentarem defeitos provocados pelos projeteis que as abateu.
Na culinária seu aproveitamento acompanha o modo de preparo igual aos coelhos.
Pelas características da carne e pela sua suavidade os temperos devem ser utilizados de maneira delicada na quantidade e qualidade.
Desta forma podemos assar em forno ou grelha ou cozer em molhos variados.
A forma mais requintada e rápida é um ensopado com bastante tomate, cebola, alho, e ao final acrescentar suco de laranja e vermute, engrossando com amido de milho ou farinha de trigo ou frita e banhada depois em molho de mostarda amarela.
Existem as sofisticadas terrines, mas, também é apreciável apenas frita ou ensopada com temperos comuns.

rodrigodeca@gmail.com

O pescoço

Pescoço

O pescoço é o segmento do corpo que apresenta grande mobilidade permitindo a rotação da cabeça em relação ao corpo.
Claro que segundo sua posição na escala zoológica e forma de vida de cada animal é determinado o formato e a existência ou não do pescoço.
Em algumas espécies, defesa, caça e alimentação, são desenvolvidas de tal maneira que dispensam o pescoço como no caso dos crocodilos, jacarés, lagartixas, peixes e certos insetos. Outros representam ser totalmente pescoço, como as cobras, enguias, vermes e minhocas ou depender muito deles como a girafa. Algumas aves logram rodar a cabeça para trás como as corujas, mas, com o homem não é assim, no máximo gira 180º sobre os ombros somando os movimentos para esquerda e para a direita. Os movimentos anterior e posterior são limitados pelo tórax. Movimentos próprios dos olhos e o ângulo de visão completam a nossa visão quase total da circunferência apesar de haver um espaço cego nas costas que para ver obriga girar o corpo.
Analisando o contorno do pescoço temos que dividir em quatro quadrantes em que os laterais são de superfícies semelhantes e diferentes o anterior e posterior. Em vista posterior encontramos um cilindro limitado pelo crânio coberto por pelo na parte alta e apenas pele na parte inferior com um sulco vertical no meio correspondendo às vértebras em suas projeções posteriores chamadas de processo espinhoso e ladeadas pela musculatura para-vertebral conhecido como nuca ou popularmente de cangote.
O segmento anterior é limitado acima pelo queixo (mento) e parte do bordo da mandíbula e abaixo pela junção das clavículas com o osso esterno que formam uma fosseta chamada fúrcula.
Tem no meio um sulco transversal paralelo ao trajeto da mandíbula que cruza o pescoço sobre o osso hióide limitando a sua porção horizontal que ocupa a parte alta e o Pomo de Adão que incorpora a fração vertical.
Lateralmente a ela podemos definir duas faixas salientes que ascendem inclinadas da clavícula até atrás das orelhas e correspondem aos músculos estenocleidomastoideos.
Ao engordar ocorre o apagamento do ângulo e aparece a famosa papada. Cobrindo estas estruturas há o platisma, músculo laminar que ocupa toda faixa antero-lateral do pescoço e que cai pendurado ao envelhecer formando duas bandas (pregas) verticais separadas que atinge do mento à fúrcula alem da papada.
Somente a cirurgia resolve estes problemas quando já estão instalados.
O tempo e a flacidez da pele são inexoráveis e aparecem as quedas de segmentos da face e rugas. Para tratar e reverter este quadro é necessário uma incisão que circunde a orelha e permita tratar o pescoço e a face. A intervenção a ser realizada deve melhorar o aspecto da pele, elevar as estruturas profundas da face e produzir o rejuvenescimento sem provocar estigmas deixando a pessoa operada com aspecto de bem dormida e não sem costeleta com o rosto esticado e a boca longa.
Para manter esta naturalidade o candidato não pode solicitar a remoção total das rugosidades, pois cairia na condição do artificialismo. A cirurgia deve exaltar os traços de beleza próprios do paciente sem modificar a sua fisionomia nem as expressões da mímica. Com relação à testa que antes exigia cirurgia com incisões no couro cabeludo e perda de cabelos, hoje os cirurgiões do mundo estão utilizando injeções de preenchimento e ou bloqueio muscular como a toxina botulínica.
Os músculos faciais atuam em antagonismo, isto é, um levanta e outro abaixa. Ao injetar o medicamento podemos bloquear total ou parcialmente um músculo enquanto o outro age e permite elevar, por exemplo, sobrancelha, canto da boca ou apagar as rugas da glabela e canto externo das pálpebras.
Nos grandes sulcos a injeção de ácido Hyaluronico produz excelentes benefícios com a vantagem do resultado não ser definitivo, mas, duradouro atingindo cerca de dois anos. O PMMA que é definitivo, quando utilizado em quantidade maior ou mal orientada pode produzir desastres sem correção que aparecem até 4 anos após. Estes materiais como, toxina botulínica que paralisa músculo, ácido hyalurônico e PMMA que preenchem sulcos ou fazem volume, devem ser aplicados por médico em razão das particularidades da droga e da anatomia da região cujo profundo conhecimento é indispensável.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O que fazer com o siri

O que se pode fazer com siri?
Primeiro cuidar para não receber uma mordida que machuca e dói.
Quando a pescaria era farta se retornava cedo com o saco de siris que em latas de querosene eram cozidos sobre fogueiras no quintal, seguido de rústico, mas, delicioso banquete repleto de curiosos instrumentos ou taboinhas para quebrar as garras. Acompanhava caipira, cachaça ou cerveja naquela época era fabricada em Tubarão, numa cervejaria locada a margem da estrada da Guarda próximo ao morro do Formigão junto ao pilar sul da ponte da BR101 sobre o rio do mesmo nome.
Quando pescado a noite resiste com vida até o dia seguinte, assim alguns exemplares eram guardados para fazer o “arroz de siri”, eventualmente chamado de rizoto, a ser servido no almoço.
Para este prato primeiro se limpa o siri crú, separando as garras e as pernas. Depois levantando e retirando a oveira, aparece um orificio longo que permite segurar firme a casca com uma mão e com a outra o corpo. Ao levantar a carapaça separando-a do corpo, abre-se e expõe uma cavidade na parte central ladeada pelos hemicorpos que são recobertos por uma formação filamentosa. Retiram-se as estruturas esponjosas que são os pulmões, cortam-se ao meio separando em dois corpetes. O conteúdo deste espaço pode ser aproveitado ou não, pois a maior parte é gordura e ova que estão ali armazenados. Existem algumas pessoas que acreditam ser este conteúdo dejetos e excretas, portanto, a sua utilização depende do credo de cada um, mas, se aproveitarem lograrão maior sabor.
Para o arroz, aproveitamos as garras, o conteúdo cremoso, os corpos com as pernas e coletamos raspando o restante da ova metida nos cantos da casca na intimidade das pontas laterais.
Juntamos tudo ao tomate, pimentão, cebola e alhos, refogados com pimenta do reino que quando devidamente cozidos e com o sal regulado recebem siri, arroz e água em volume suficiente para cobrir tudo com dois dedos horizontais.
O manjerição ou a alfavaca são regionais e opcionais. Como em toda cozinha os volumes dos temperos é a gosto e não devem cobri o sabor do elemento motivo do prato, neste caso o siri.
Tampar a panela e deixar cozinhar até que o arroz esteja pronto. É um prato do tipo lambe/lambe pois deve-se comer também com as mãos para melhor aproveitar do siri tudo que ele pode dar e depois lamber os dedos.
Nestes casos é bom colocar lavandas, pequenas tigelas com água e gotas de limão para limpar os dedos. Os guardanapos podem ser de papel absorvente.
Outra forma de preparar esta iguaria é o “suflê” que preparado refogado junta-se com a carne do siri, creme de leite ou leite de coco, clara em neve misturando levemente. Assar em forno pré aquecido (180/200°C) em recipiente individual ou travessa refratária.
O quitute mais comum é o “croquete” em que a massa é frita em bolas.
A “casquinha de siri” é a carapaça preenchida com massa de carne de siri coberta finamente com farinha de rosca, frita até dourar mergulhada em óleo bem quente.
Sua carne pode ser usada sozinha em maionese de batata ou misturada com camarão.
Não podemos esquecer do excelente omelete, da saborosa fritada e nem do pastel ou empada de siri ensopadinho.
Aqui em Florianópolis, na paria da Joaquina, nasceu um grande croquete a base de siri, batizado pelos surfistas de “torpedo”, assim conhecido pelo seu tamanho, conteúdo e capacidade alimentícia.
De todos os tipos de siri que existem, o “garra azul” é o mais cobiçado pois tem mais carne e melhor sabor.
O siri tem a oveirade forma triangular que fica por baixo e atrás, larga quando é fêmea e triangulo estreito quando macho.
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Pesca de siri

Pesca de siri

Nome científico - Callinectes arcuatus
Os siris classificam-se cientificamente como Crustacea (carapaça dura) Decapoda (dez patas) Brachyura (cauda reduzida) da família dos portunídeos
Siri, crustáceo que vive no fundo do mar. Tem sua origem e reprodução em lagunas com águas rasas ou foz de rios onde a salinidade é mais reduzida. Assim chamados são muitos os tipos de siri. O chita” é aquele que tem cor branca com pontos castanhos espalhados na casca e pernas. Em águas mais profundas tem o “centelha” que aparece pequeno entre nós e muito grande na região do pólo sul com o nome de “centolha “. Difere do caranguejo que é próprio dos mangues e daquele das pedras conhecido como “goiá” estes tem as garras de tamanho diferentes.
Todos são extremamente apreciados na culinária praiana sendo servidos cozido ao natural ou com a carne desfiada compondo inúmeros pratos.
As lagoas do Encantado, Imaruí e Camacho na região sul do estado são dois criadouros naturais de siri que ganham o oceano nas barras do Encantado na praia do Ferrugem, Mar Grosso em Laguna e do Camacho junto ao farol de Santa Marta.
Junto a acidentes como pedras há uma maior aglomeração, destes animais porque ali encontram mais proteção e alimentos.
Comedores que são de detritos biológicos sem dieta definida, alguns vagam a noite pela orla do mar entre as ondas no afã de encontrar alimentos. Vivem semi afundados na areia de onde saem e voltam na sua caça constante por alimentos. Na escala zoológica são alimentos de alguns peixes como, garoupa, mero, borriquete, miraguaia ou outros como o homem.
Na região da praia da Jaguaruna que fica 23 km ao sul do farol de Santa Marta, é pescado a noite de diferentes maneiras.
Na sua captura é utilizada rede de arrasto tipo feiticeira, tarrafa ou “coca” em algumas regiões conhecida como “puçá” que consta de um cabo longo de madeira, bambu ou outro material, terminado por um aro de metal que sustenta e mantém aberta uma rede.
Primeiro era utilizada a coca de arrastar como um ancinho em que se montam um retângulo de ferro para fixar o cabo e a rede, este instrumento permite pescar sem luz sendo mais proveitoso quando utilizado em dia de lua cheia.
O outro formato é como o puçá com um anel de ferro fixado ao cabo que acomoda e modela o saco de rede sendo a modalidade que exige a utilização de luz.
Hoje com estas pequenas lâmpadas LED tão eficientes, tornou-se mais fácil.
Nós utilizávamos um facho em que uma quantidade de estopa de algodão embebida em óleo queimado era fixada na ponta de uma madeira em armação de ferro onde era ateado fogo. De tempo em tempo devia-se derramar sobre ela nova quantidade de óleo. Este aparelho era pesado e exigia um transportador a quem o esforço impedia de pescar alem de exigir atenção para não ser atingido por gotas do unto em chamas. Em volta dele se aglomeravam os outros pescadores, cada qual com sua coca e com movimentos rápidos e precisos cercavam o siri em sua fuga para águas mais profundas.
Na praia alguém recolhia em cestos ou sacos os siris pescados para manter as cocas vazias o que facilitava seu manejo. Desta situação nasceu a expressão “balaio de siri” que deseja relacionar o fato que dali ao se puxar um os outros vem agarrados um ao outro.
Isto é, quando muitos estão envolvidos em atividades semelhantes e aparece um erro dizemos que “se puxar um vem todos.”
A aventura durava algumas horas desde o seu início até o retorno com um saco destes animais como troféu da pescaria. Os siris têm capacidade boa ou má de respirar fora do mar, razão pela qual eles permanecem vivos até dia seguinte por um tempo aproximado de 12 horas ainda que por vezes a carne perca sua consistência normal ao que chamamos de ardida, sem condições culinárias.
Apesar da aparência estranha, este crustáceo é muito apreciado na nossa culinária.
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Expansores de tecidos

Expansores

O silicone é uma substancia produzida a partir da sílica e pode ser produzida em qualquer consistência para os mais variados fins com grande utilização na indústria.
Há bastante tempo que o silicone em suas várias formas e consistências é usado pela medicina também.
Com ele podemos reproduzir forma consistência e cor, com grande semelhança e resistência.
Existem as órteses ( uso externo) e próteses (uso interno) que substituem mão, dedo, orelha, perna, enfim muitos segmentos do corpo onde o silicone é amplamente utilizado.
As próteses para mento, mama, coxa, nádega, região peitoral, tem a finalidade de aumentar os volumes e melhorar a forma modelando cada setor dentro dos conceitos atuais na busca do belo.
Obedecendo esta premissa na busca do ideal, foi criada a prótese com a finalidade de expandir tecidos, ficando estabelecido para ela o nome de expansor.
É um aparelho que corresponde a uma bolsa inflável conectada através de um tubo a um bulbo que equivale à válvula.
Esta válvula pode ser perfurada repetidas vezes em sua face convexa oposta a parte profunda plana com uma lâmina de aço como protetor, na cirurgia é posicionada distante do balão principal.
Através dela injetamos soro fisiológico em volumes sucessivos que aumentam o volume da bolsa do expansor e por conseqüência a distensão os tecidos vizinhos.
Os formatos são muito variáveis podendo ser redondo, oval, semilunar, paralelograma, fusiforme ou idealizado para finalidade específica em razão do problema a corrigir.
Todos os formatos são produzidos em tamanhos diferentes com quatro a cinco opções para cada modelo.
Quando se apresenta um problema é feito o devido estudo para avaliar o defeito e eleger qual o tipo e tamanho do expansor que melhor permita a solução do caso.
Para seu uso necessita anestesia, incisão e descolamento da pele da região para introduzir, acomodar expansor e válvula e permitir a distensão dos tecidos o suficiente para corrigir o defeito.
No tratamento das seqüelas de queimadura e outros traumas onde ocorre perda de tecido o uso do expansor reduziu muito a necessidade de enxerto de pele ou transplante de tecidos. É um método cirúrgico que cumpre magnificamente o papel proposto para ele, reduz muito o grau do defeito aproximando da normalidade.
O que tem de constrangedor é a tumefação que se produz ao aumentar seu volume durante o tempo que exijam os tecidos para multiplicarem suas células até atingir total suficiência.
Inicialmente parecia a solução para a calvice, todavia os volumes laterais sobre as orelhas afastaram os pretendentes, pois deveriam ficar expandindo as próteses por longo tempo e isto lhe colocaria em dificuldades de contato com o público.
Nas seqüelas de queimaduras tem sido um excelente método para eliminar placas cicatriciais inestéticas e restritivas. Permitiu maior ousadia na liberação do pescoço, das axilas, mãos, face, couro cabeludo, etc.
Entretanto onde tem prestado maiores benefício é na reconstrução das mamas retiradas por câncer.
Se por um lado no tratamento deste mal se obteve enormes vantagens quanto à cura e sobrevida, a conseqüente mutilação ainda não pode ser evitada e continua a ser o motivo de queda da autoestima, depressão e mal estar por parte das pacientes.
Para recuperar este defeito se criaram muitas técnicas cirúrgicas que evoluíram muito nos últimos anos.
Temos retalhos locais que oferecem boas soluções para pequenas retiradas, retalhos a distancia com uso associado de prótese ou transposição de parte da parede abdominal pediculada no músculo reto abdominal para migrar tecido em volume suficiente que possibilite a reconstrução da mama ou das mamas.
A mais simples é a distensão com o expansor e troca posterior por prótese definitiva.
Para esta cirurgia é necessário que tenha tecido de cobertura com panículo gorduroso suficiente para receber o expansor e permitir uma boa bolsa para alojar a prótese com naturalidade.
Incluída a prótese e obtido o volume, novas pequenas cirurgias serão feitas para tornar-las simétricas e reconstruir aréola e papila (mamilo).
Esta é a forma mais simples de reconstrução da mama, lastima que tenha indicação limitada e não permita ampla utilização para todas as mamas.

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O Trânsito.

O trânsito
Quando Henri Ford criou a produção em série para fabricar maior número de carros no menor tempo possível, não sabia que em menos de cem anos tudo estaria conturbado como está. Tanta influência exerceu que os saudosistas os mantêm em coleção e clubes de carros antigos cujos valores são inestimáveis.
Do veículo individual ou familiar, passou para o coletivo, com caminhão, vans, ônibus etc. Como conseqüência foram criadas regras para controlar o tráfego que sofrem variações nos países e costumes paralelos com regras diversas em cada cidade ou região.
Na Inglaterra, foi mantida a direção no lado direito do automóvel porque este era o lado onde sentava o boleeiro nos tilbores, carruagens ou charretes, para ter mais liberdade no uso do chicote com a mão direita. Nos Estados Unidos esta condição não foi considerada e a direção foi montada no lado esquerdo, deixando a mão direita livre para uso das armas nas diligências e qualquer outra atividade dentro do carro. Esta posição do volante determinou o que chamamos de mão e contramão, que diferem e são invertidas, se adotamos carros americanos ou ingleses. Quando um destes carros transita em país de mão contrária, quem define se pode ou não ultrapassar é o carona, pois o motorista está sempre com a visão obstruída e precisa sair totalmente de trás do veículo que o antecede para poder ver e seguir à frente, facilitando acidentes.
Hoje, no dia a dia, percebemos desatenção e pouco caso na condução do veículo. Nas ruas e estradas brasileiras, por lei, ninguém pode transitar em velocidade menor que a metade daquela determinada, ou seja, onde é permitido 80km/h não pode trafegar na pista de rolamento a menos de 40km/h. Percebemos que existem alguns que parecem não desejar chegar em casa, pois seguem devagar no meio da rua, obstruindo várias pessoas que gostariam de avançar mais rápido. Todavia, olhar no espelho retrovisor é gentil. Em toda rodovia, a faixa da esquerda é a de maior velocidade e a da direita é a mais lenta. Cada um deve utilizar a que deseja, mas também deve obedecer a velocidade prevista, para não dificultar o fluxo. O direito ao uso da estrada ou rua é de todos e um deve respeitar o outro, facilitando a ultrapassagem daquele que o alcança. Entretanto, este acontecimento não pode ser interpretado como provocação ou convite para disputa. Outra situação que muito confunde quem vem atrás é o uso desorganizado do sinalizador pisca-pisca, colocam-no indicando à direita e seguem à esquerda.
Para quem estiver ao lado, o fato de acionar o sinal para mudar de direção ou trocar de fila, deve aguardar uma manifestação do outro motorista, pois o seu ato indica sua intenção, e não o direito de realizá-la. Outra situação a ser observada é com relação aos faróis. Quando, em trânsito urbano, não devem estar na posição de luz alta e muito menos com os faróis de milhas simultâneos, pois cegam os que vêm em sentido contrário. Da mesma forma ao parar nestes trevos ditos tipo alemão, em que o carro fica posicionado de maneira inclinada, abaixe ou desligue momentaneamente a luz, pois nesta posição ela estará dirigida diretamente contra os olhos dos outros. Na traseira, o pisca-pisca atual é de luz forte e dificulta a visão à noite, quando fica ativado sem necessidade enquanto espera o semáforo abrir. Ele não precisa estar ligado, pois na posição onde o carro estiver seu caminho obrigatoriamente deve ser aquele para o qual indica com a seta.
Da mesma forma, quando a avenida tiver mais de uma pista e a saída é à direita, antecipadamente tome e siga pela faixa da direita e tome a da esquerda se for seguir em frente. Evite assim cruzar a dianteira dos outros carros. Como comentário final, antes de frear o carro para obsequiar alguém, olhe pelo retrovisor. Faça-o se estiver sozinho e desejar ser gentil, mas, se atrás de você tiver um carro, não pare, pois pode provocar acidente, além de abusar da paciência alheia, não cabem nesta hora gentilezas de salão.
Também é proibida a tração animal em via pública asfaltada de grande movimento seja bicicleta ou carretas.
Ninguém tem mais direito que ninguém, o que determina e regula todas estas situações é o Código Nacional de Trânsito.

Butiá e cocada

Butiá e cocada
O butiá apesar de ser considerado originário do Paraguai é encontrado no Brasil nos estados ao sul de Minas Gerais, parte do Uruguai e da Argentina.
É uma palmeira de pequeno porte, de até 1 metro em média de altura no litoral catarinense predominando de Florianópolis para o sul limitado pelo rio e a cidade Mampituba, aumenta seu tamanho para cerca de até três metros quando encontrado na serra catarinense. Reforço esta citação geográfica, pois poderíamos pleitear como sendo fruta de Santa Catarina uma vez que viajando de Florianópolis de leste a oeste encontramos esta planta, entretanto quando de norte a sul ela se limita com abundância no nosso território. Pouco ou nada no Paraná e raros exemplares no Rio Grande do Sul. Existem algumas malhas de butiazeiro com plantas antigas na província de Rocha no Uruguai. A fruta tem cor amarela ou amarela com base vermelha, sabor muito agradável, diferente e “sui generis”. Seu consumo principal é ao natural mascando a polpa que recobre a semente, tem seu momento ideal e menor acidez quando recém caído ao chão. É costume também colocar em infusão na cachaça ou mais recente em vodka para curtir, quando for esta a situação deve ser coado no momento em que o butiá modificar a cor de sua casca para evitar sabor de bebida passada que não é agradável e parece coisa abandonada. Da polpa ainda podemos extrair o suco que inicialmente é viscoso e deve ser diluído para melhor ser apreciado. Nós diluímos com suco de maracujá que não compromete e nem lhe rouba o sabor. Os frutos das plantas da serra e do litoral diferem em seu tamanho onde as primeiras são maiores. De suas folhas se colhem as palhas para fazer colchão, confortável e firme que ao contrário dos de molas não favorecem nem determinam dor na coluna. Sua presença na região era tão importante que as plantações de mandioca, aipim, amendoim, melancia, melão, etc, eram praticadas utilizando os espaços entre os butiazeiros. Entre outros animais ali se desenvolviam codornas e perdizes (perdigão) e após abertura da ponte da BR101 sobre o rio Mampituba, apareceram lebres que invadiram a região e passaram a interferir em toda agricultura do sul do estado, pois comiam tudo que era cultivado da folhas ás raízes.
Interessante notar que o litoral de Santa Catarina é separado abruptamente do planalto pelo aparado da serra com diferenciação total do clima com relação ao frio, regime de sol e chuvas determinando flora e fauna diferente para cada região. O butiá da serra assim como as frutas de clima temperado são maiores lá ou não produzem aqui em baixo. Não sei se pela temperatura ou se pela conjugação com a pressão atmosférica.
Conheci este butiá da serra, vendido no mercado de Lages, ainda embalados na própria folha que eram trançadas em forma de cone como se fosse um cartucho em trama de cesta. No litoral o butiá é menos ácido, mantém as mesmas cores, todavia com tamanho menor.
Entre nós, na Jaguaruna, eram vendidos tendo as latas de azeite, como medida de quantidade e hoje são acondicionados em bolsas de tela de plástico assim como outras frutas e vendidos também ao longo da rodovia federal.
Na minha vivencia da praia, todos, adultos e crianças “chupávamos” butiá, depois os coquinhos eram jogados ao chão, onde permaneciam por longo tempo. Nós fazíamos sua secagem deixando em exposição solar para uma vez considerados em condições eram quebrados com martelo sobre superfície rígida e no seu interior encontrávamos três gomos de polpa semelhantes a um grão de feijão, dispostos radialmente. Eram muito saborosos e permitiam momentos de prazer gastronômico com muita conversa acompanhada com seu requintado e delicado sabor.
Quando lográvamos colher e produzir grande número de gomos, visitávamos algum amigo com mãe disposta para fazer cocada sem moer o pequeno grão. Tinha o aspecto de rapadura branca, mas, era um quitute que privilegiava apenas alguns guardadores ou catadores de coquinhos pela rua.

Cuidador

Cuidador

É cuidador todo aquele que dedica seu tempo em atender alguém.
Toda atenção é dirigida para o bem estar da pessoa cuidada.
A mulher em geral é levada a esta prática em razão da maternidade ou ao menos pela vocação maternal ao atender filho, marido ou parente.
Temos inúmeras profissões que são dirigidas e treinam para o exercício desta função que exige muito desprendimento.
O grupo leigo que tens apenas boa vontade necessita orientação para não cometer erro ao executar seus atos de bondade.
Alias quem fez o curso primário no colégio São José por volta de 1950 e foi aluno da irmã Leocardia, Ir. Elizabeta, D. Ruth, D. Maria e Ir. Guidia deve ter participado da “Liga da Boa Vontade” onde nos era ensinado como atender e fazer o bem aos outros, ajudar em pequeno curativo e a qualquer pessoa com alguma dificuldade.
Este é o espírito necessário para ser um cuidador, a babá é uma cuidadora e os acompanhantes são cuidadores.
Aqueles que são profissionais recebem remuneração por este trabalho, os outros são voluntários que nada recebem pelo carinho além do conforto espiritual. As manifestações de gratidão acompanham sempre esta atividade. Se membro da família, o cuidador conhece os hábitos e maneiras de vida daquela casa, todavia se for estranho então as dificuldades iniciais serão acentuadas até que intere de tudo. Em qualquer situação, há que se deixar o tempo passar para avaliar a capacidade de um cuidador e na dependência do seu temperamento acabara atuando como confessor também.
O papel do cuidador na evolução da doença de uma pessoa é de extrema importância e faz parte da cura.
Assim para uma pessoa de idade o acompanhante necessita iniciativa, paciência e bom caráter. À medida que cresce o grau de dificuldade além das qualidades referidas, aumenta também a importância do conhecimento da patologia do atendido. Quando em razão do caso se tornam obrigatórios curativos complexos o cuidador necessita de curso, participar e orientar a compra do material seu armazenamento e uso, para permitir uma evolução a contento.
Por exemplo, quando o paciente é portador de úlcera de pressão ele tem inúmeras dificuldades que exigem iguais cuidados a serem conduzidos ou realizados pelo cuidador.
Ainda é interessante comentar que o paciente acamado tende a provocar escaras com ulcerações pela longa permanência na mesma posição. Nestes casos é obrigatória a mudança repetida do decúbito para evitar a instalação da necrose e para isto tem técnica a ser seguida.
Compete ao cuidador orientar o enfermo e a família, para nada ser interrompido na sua ausência e lograr algum resultado.
Nos casos em que exista derivação intestinal é necessário trocar as bolsas e manter a área nas condições ideais. São várias as situações que envolvem necessidades de curativos por vezes infectados, mas, que não obrigam manter o paciente internado devendo continuar o tratamento a domicilio. Quando estiver anunciada a alta hospitalar ou ainda durante a internação deve ser solicitado ao médico assistente que oriente os cuidados após a alta e a enfermagem pode ensinar os atos mais complexos durante a permanência hospitalar.
A nosso ver todo hospital que tenha condições de tratar as patologias mais exigentes deve manter cursos dirigidos aos cuidadores para dar-lhes subsídio técnico que permita continuar a assistência a domicílio.
Os cuidados devem ir até o momento do descarte do material utilizado, pois são no mínimo usados se não contaminados e contaminantes que obrigam o uso de caixas ou bolsas plásticas especiais iguais as dos hospitais.
Alguns pacientes portadores de males imobilizantes, além do resultado obtido tem sua manutenção, como é o caso dos cadeirantes ou idosos incapazes.



Enxerto de gordura

Enxerto de gordura
Podemos transplantar gordura de um lado para outro no mesmo corpo.
Os procedimentos que surgem como propostas novas de cirurgia há muito já foram pensados, escritos e discutidos. Isto aconteceu também com a lipoaspiração que no inicio do século era proposta de forma semelhante e consistia da retirada através de curetagem. Não evoluiu bem porque muitas foram as infecções que surgiram e os graves problemas e destruições que resultaram desencorajando o mundo cientifico que abandonou e condenou procedimento. Neste momento o grande problema era a permanência de tecido desvitalizado dentro do organismo.
Em 1980 da França veio a solução, pois o método simulava aquela curetagem ao mesmo tempo que retirava a gordura desvitalizada pela aspiração, não deixando resíduo de tecido morto como antes.
Neste mesmo ano iniciaram as primeiras cirurgias no Brasil e Argentina.
Em 1982 iniciamos em Santa Catarina e criamos o primeiro aparelho brasileiro de lipoaspiração, utilizando compressores da fábrica Duat de Joinville que tinha um modelo pequeno para artesanato.
Com técnica aparentemente simples, a lipoaspiração durante algum tempo não enxergava seus limites em razão pouca experiência mundial com a técnica. Ao longo do tempo os limites foram definidos, ficaram claros e os problemas reduziram. Hoje esta devidamente equacionada entre os especialistas que a vem estudando durante todo este tempo.
Em pesquisa realizada pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo foi constatado que 97% dos acidentes ocorridos naquela jurisprudência foram provocadas por não especialistas em Cirurgia Plástica.
Os pesquisadores da especialidade desde 1984 iniciaram a injetar a gordura, aproveitando o material aspirado. No início se perdia 70% de todo volume, depois foi percebido que variava a absorção segundo o local tratado, procurou-se a razão. Hoje temos definidas as regiões doadoras e as áreas de melhor receptividade com maior aceitação e permanência mais prolongada da gordura reintroduzida.
Regiões como as nádegas são as que melhores resultados têm apresentado. A técnica tem como fator limitante a fartura ou escassez da área doadora do candidato uma vez que não é utilizado transplante cruzado de gordura, ou seja, de outra pessoa. Apenas gêmeos univitelinos, aqueles quase iguais, permitem esta prática, pois são geneticamente iguais por isso não desencardiam rejeição.
Hoje foram obtidas algumas respostas àquelas indagações através do estudo das células tronco. Foram encontrados elementos celulares com estas características no interior do tecido gorduroso lipoaspirado.
Várias são as propostas para preparação deste recurso e novamente somos colocados diante do dilema do volume necessário, por vezes maior que o disponível.
É um método de relativa simplicidade, ainda que necessite ser antecedido por lipoaspiração proporcional à grandeza do volume necessário para ser enxertado ou transplantado.
Lavada e devidamente preparada a gordura através de finas cânulas é injetada no tecido subcutâneo ou dentro do músculo da região para aumentar o volume e ganhar nova forma ou fazer desaparecer sulcos e rugas.
Ainda que se tenha evoluído muito, o fantasma da reabsorção não nos abandonou, mas, após os avanços técnicos o proveito e manutenção do volume injetado, é maior.
Em 1982 apresentamos em alguns congressos, como novidade, a técnica de “enxertia de gordura”, depois a tática voltou dos centros maiores com seu nome modificado.
Esta técnica passou a ser chamada de “lipoescultura” por retirar gordura de um local e injetar em outro enquanto o tratamento feito em pequenas áreas recebeu o nome de “microlipoescultura” sem que houvesse grande diferença entre eles.
A lipoaspiração ou a lipoescultura quando realizadas por mãos hábeis e preparadas dentro dos princípios básicos de segurança, não oferecem riscos. Quando o cirurgião não tem o preparo conveniente ou cede à pressão do paciente para fazer maior número de procedimentos que o ideal a título de “aproveitar a oportunidade e a anestesia”, iniciam os problemas e os acidentes.
Esta técnica praticada com conhecimento, consciência e destreza é segura e constitui a maior inovação cirúrgica do século dentro da cirurgia plástica e seus princípios possibilitaram excelentes modificações em outras especialidades.


Consute o Blog : “Rodrigo d´Eça Neves; Cirurgia Plástica Dúvidas, Soluções e Humor.”


Nariz


rodrigodeca@gmail.com
O nariz é um segmento de extrema importância na composição da face.
Ele participa do belo, feio, caricata, representa caráter, impõe e simboliza.
É classificado em três grupos básicos com formas dependentes das etnias da raça humana. Caucasiano quando tem o corpo fino, ponta delgada, orifícios posicionados no sentido antero - posterior e as asas não ultrapassam os limites da linha que é baixada verticalmente a partir do canto interno da fenda palpebral. Oriental é aquele cujas asas chegam a ultrapassar as mesmas linhas laterais antes definidas, dorso com pouca projeção representando achatado como se estivesse sofrido trauma, as fendas são posicionadas no sentido latero-lateral. O terceiro é o grupo negróide que exatamente ultrapassa bastante as linhas baixadas dos cantos internos das fendas palpebrais, os intróitos são horizontais, dorso é medianamente elevada com ponta larga e deprimida.
Diante desta colocação já está entendido que não há padrão único de técnica para realizar esta cirurgia. Devemos estudar cada caso, estabelecer o diagnóstico e daí definir a tática de abordagem.
Ao nascer o homem cruza a infância com a face pequena e o crânio duas vezes maior. O tempo vai evoluindo e a parte do crânio pouco cresce enquanto a face desenvolve crescendo para baixo e para frente sob influência da ação dos músculos faciais.
Estas estruturas têm uma extremidade fixada na pele e outra no osso, cada vez que há a sua contração ocorre tração no extremo da pele e uma detração no extremo que se fixa no osso. Esta condição comporta-se como se fosse vácuo que estimula crescimento do osso e modela a face. Assim cada indivíduo termina parecido com os seus, pois o fator genético é que determina o poder de cada músculo da mímica. Ao redor dos 11 aos 16 anos ocorre o crescimento da face onde a mandíbula e o nariz são os elementos que mais se modificam. É neste momento que as cartilagens de sustentação das paredes e o septo, empurram dorso e ponta nasal para frente provocando eventual desvio com conseqüente distorção da forma ao mesmo tempo em que demonstra as características familiares.
Historicamente ao nariz eram atribuídas qualidades outras como a equivalência entre o seu tamanho e a genitália masculina. Muita alcunha surgiu a partir do formato e tamanho do apêndice nasal.
Na antiga Índia quando uma mulher era infiel como castigo cortavam fora o nariz, assim também era penalizado o homem ladrão. Os cirurgiões indianos à época criaram um método de reconstruir esta unidade anatômica, utilizando a pele da testa, tratamento que ainda hoje é utilizado para as mesmas perdas ainda que por outras causas. Aqui na América pré-colombiana eram penduradas grandes argolas como adornos em ouro laminados que diferenciavam chefes e nobres de cada tribo. Agora, como novidade, antiga prática é ressurgida com pequenos brincos ou argolas que são pendurados no nariz de homens ou mulheres.
O que na verdade devemos é proteger do sol com bom filtro solar (acima de FPS15) para evitar manchas ou câncer de pele no futuro.
Na analise do seu formato e tamanho, algumas relações com outros elementos da face foram muito utilizadas pelos pintores e escultores, para produzir harmonia e beleza além de ser considerado normal em suas obras quando mantido dentro das proporções ideais.
Olhando de frente ocupa cerca de um quinto da largura da face, a sua altura equivale ao tamanho da orelha quando medido desde sua junção com o lábio até o espaço entre as sobrancelhas (glabela), variando a largura das asas e a projeção anterior, segundo a etnia.
Na adolescência, período em que há um futuro incerto quanto a sua capacidade pessoal, o fator beleza é muito importante e mobiliza com intensidade prazer e desprazer dos jovens em relação ao seu formato.
O nariz termina responsabilizado por insucessos, surgindo o ardente desejo de modificar sua forma e tamanho. Sentimento este que perdura por longos anos, veladamente guardado entre os segredos da pessoa que acaba sendo induzida à cirurgia na primeira oportunidade, como a solução de desejo até então reprimida.


sábado, 23 de julho de 2011

Lábios



Os lábios em numero de dois compõem e limitam a boca com um superior que inicia no nariz e limitado pelo bordo livre (vermelhão que é a superfície decorada pelas mulheres com belas cores pelo batom) e outro inferior entre o bordo livre e o mento e lateralmente terminam nas comissuras labiais (cantos da boca).
São formados por três estruturas básicas. A face interna é revestida pela mucosa oral que por sua origem e função necessita de umidade, para tanto se vale da saliva das glândulas principais além das minúsculas assessórias localizadas aleatoriamente em todo interior da boca.
A face externa é recoberta por pele em toda extensão dos lábios sendo lateralmente limitados pelos sulcos nasogenianos rico em glândulas sudoríparas, sebáceas e pelos finos na mulher e espessos no homem.
No lábio superior existe maior requinte na sua formação, assim na porção central existe uma área afundada limitada por duas cristas cutâneas que compõem o filtro labial separando as metades laterais (vertente lateral direita e esquerda).
As duas coberturas com diferentes estruturas são limitadas por uma formação mais elevada que a vizinha que determinam as linhas cutâneo-mucosas. Estes elementos são bem definidos na juventude, entretanto, se apagam na medida que a idade aumenta e a pessoa se torna madura, acompanhando a espessura que se reduz deixando o lábio mais finos.
A terceira camada é a muscular, subdividida em segmentos e feixes que permitem contrair e formar um “bico” e outros trejeitos que fazem parte da mímica demonstrando aprovação ou alegria com o sorriso, cinismo ou tristeza com queda dos cantos.
Este fenômeno é inexorável e não tem prevenção efetiva, variando com a etnia e a genética de cada um. Nos povos cujas peles apresentam mais colágeno que fibra elástica como entre negros e orientais as rugas são muito tardias ou ausentes. Esta constatação criou a fantasia deste efeito com o uso de cremes com colágeno. Na dieta este elemento pode ser ingerido na gelatina onde é praticamente pura, todavia a barreira intestinal ao absorver desmonta o ofertado e depois remonta segundo seu padrão genético
Para eliminação de defeitos ou dissabores com os lábios, muitas manobras corretivas são propostas.
Para aumento dos lábios ou redesenhar as suas linhas, utilizamos material natural ou artificial, assim podem ser introduzidos através de mínimas incisões ou injeções, tecidos vivos como gordura ou sintéticos como polimetilmetacrilato (PMMA), ácido hyalurônico, hidrogel, hidroxi apatita e outros.
Todo cuidado deve ser tomado para evitar resultados exagerados que são produzidos na tentativa de eliminar totalmente as mínimas rugas existentes nos lábios. Enquanto na verdade não é a ruga que deixa envelhecida uma pessoa, devemos reduzir os traços maiores para dar um ar jovial com aspecto descansado de noite bem dormida.
Para cada problema existe um produto com consistência e densidade específica que permite bons resultados diante de diferentes problemas.
Os sulcos nasogenianos que ficam laterais aos lábios e o bigode chinês são preenchidos com injeções que muito melhoram e rejuvenescem.
Quando bem indicado pode aumentar a espessura do lábio com alargamento do vermelhão, obtido com injeções destes produtos. Estas aplicações podem provocar pequenas hemorragias que mancham de roxo a região por alguns dias e desaparecem espontaneamente. Elas podem ser evitadas ou reduzidas com uso de gelo no local ou acelerar a solução destas equimoses com uso de massagem e pomadas .
O “peeling” químico (ácidos), físico (laser) ou mecânico (abrasão) oferecem semelhantemente bons resultados.
Em casos mais avançados existe também o “lifting” para quando os lábios apresentam muitas e profundas rugas em que as cicatrizes são disfarçadas em suas linhas anatômicas.
Em casos muito acentuados também é indicada a cirurgia para reduzir a profundidade dos sulcos nasogenianos com retirada direta de pele.
A maquiagem muito auxilia para disfarçar os defeitos tanto quanto exaltar os belos elementos que compõem uma face. Assim entendendo, acreditamos que após a cirurgia quando utilizada discretamente é de extremo valor.
E para finalizar deixamos como mensagem o pensamento que a maquiagem nunca deve ser mais exuberante do que aquilo que ela deve valorizar.

Tainha

Tainha

rodrigodeca@gmail.com
É o nome genérico dado aos peixes da família dos mugilídeos que reúne 80 espécies divididas em 17 gêneros distribuídos em mares das regiões temperadas, foz de rios, lagoas e até em água doce. A que ocorre na costa brasileira tem o nome de “Mugil Cephalus”. É chamada de mugem, fataça ( Portugal), tainha ( Brasil), mulet ou muge (França). Diante de discussões no mundo científico que se ocupa destes nomes, em 1960 classificou de perciforme.
É conhecida a sua participação na alimentação humana através de relatos oriundos do Império Romano que dão conta do seu consumo em todo Mediterrâneo.
Aqui na nossa região a tainha tem imensa importância, econômica pelo resultado da comercialização do obtido na sua captura.
O aspecto social é muito grande com interferência em todas as camadas sociais de todo o litoral catarinense onde ela é pescada.
Desde a foz do rio da Prata onde se multiplicam migram em direção à lagoa dos Patos, onde tornam a multiplicarem-se. Quando as águas começam a esfriar elas migram buscando melhores temperaturas. Neste período suponho que aconteça em toda foz ou canal, o que se presencia no canal da Lagoa da Conceição em Florianópolis onde minúsculas tainhas entram vindas do mar para suas águas calmas. Em todo este trajeto há a desova com a conseqüente fecundação dos ovos e proliferação. Acontece no canal da Lagoa de Imaruí em Laguna onde os botos permanecem para se alimentar e a tainha é cobiçada por eles. Quando as perseguem conduzem-nas para as margens do canal onde os pescadores as apreendem com suas tarrafas muito bem manejadas que são atiradas, se abrem e afundam na água criando movimento de dança como um balé repleto de graça, cadencia e harmonia. Ali os botos são conhecidos por nome em razão de características individuais um deles era chamado de “galha torta” pelo defeito que apresentava nesta parte do seu corpo.
Nas praias existem as emendas constituídas por um grupo de sete pescadores, uma canoa bordada, grande rede, cabos e remos longos. Entre os pescadores dois se ocupam de unir os cabos (cordas) e jogar a rede ao mar, outros quatro remam em ritmo determinado pelo patrão que em pé na popa, se utiliza de remo curto para pilotar a canoa. Desta forma saem da praia e descrevem um semicírculo para cercar o cardume do peixe e arrastar até a praia.
As canoas esculpidas em um único tronco de garapuvu (SC) gaparuvu (RS), todas com nomes em geral homenageando alguém, são levadas ao mar sobre rolos, da mesma forma como são recolhidas.
O arrastão ocorre nas praias voltadas para o oceano onde nos dias em que a temperatura baixa traz as tainhas para próximo da praia e são avistadas de cima de morros ou pedras pelos olheiros que determinam o local do lanço.
Todos da comunidade participam ajudando no arrasto da rede.
Algumas vezes o volume de tainhas obriga a colocação de outra rede extra no bloqueio, evitando rotura e fuga dos peixes, logrando por vezes aprisionar algumas toneladas com trabalho para todo o dia.
Quando estão agrupadas na areia se debatem e respingam areia em todos que ali as cercam e instala-se uma verdadeira Torre de Babel, muitos falam para comprar, segurando as eleitas enquanto os pescadores falam todos ao mesmo tempo cuidando do troféu e seu quinhão é determinado pelo chefe da rede que grita ao mesmo tempo em que negocia com as pesqueiras. Estas sempre a postos nestas horas promovem a pesagem e transporte para comercializar e distribuir o pescado.
Elas quando aqui cruzam, estão gordas em trono de dois quilos parte com ovas e outras mais magras porque já desovaram, viajam até a altura d o Arquipélago de Abrolhos onde chegam a atingir ate 5 quilos antes de se perderem no oceano. Neste momento as tainhas estão magras, o que lhes rouba qualidade e sabor deixando a carne esfiapada como palha levando a perda do seu papel sócio-econômico como tem na nossa praia.
Tainhas quando não tem ovas e estão magras são conhecidas como tainha facão, pois apresentam a barriga fina como fosse uma lâmina.
Em Florianópolis é uma honra conseguir comer tainha do primeiro arrastão. O forte cheiro que exala ao ser frita ou assada denuncia seu consumo em todos os cantos da cidade. A população se mostra alegre porque a tainha chegou.

Referência-
Dados técnicos.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tainha

sábado, 28 de maio de 2011

O entrudo

O Entrudo Popular
O entrudo deriva de manifestações festivas na antiguidade, envolvendo as figuras de deuses como Saturno (romano) e Dionísio (grego) com festas populares em sua honra e que sofrem variações até os dias de hoje. Acontecia tres dias antes do inicio da Quaresma com registros do século XIII, eram utilizadas roupas diferentes das usuais, estravagantes, de cores chamativas que representavam as fantasias do folião.
Com o nome advindo do latim da palavra “introitus” que por metafonia consagrou como entrudo e queria dizer introdução ao período da quaresma. Como parte das festas eram jogados liquidos uns nos outros.
Usando apenas água limpa, era praticado dentro das casas de familia e na corte, todavia entre a população eram atirados todo tipo de líquidos e até água.
Em Portugal na região Trás-os-Montes, na cidade de Lazarim hipertrofiou o habito do uso de máscadas de madeira com chifres diabólicos e ou traje colorido conhecidos como os caretos como mostram as figuras acima.
No Brasil o folgedo foi trazido com a corte e na época de 1608 já foi tentado proibir o entrudo por ser considerado violento enquanto na verdade, se limpo, era apenas incoveniente. Durante muito tempo as máscaras por questão de segurança eram proibidas.
“Em 1857, as crônicas carnavalescas divulgavam, em tom triunfal, a vitória da máscara sobre o entrudo, com características das maneiras carnavalescas italianas, como os bailes de máscaras. Claudia Lima”
Neste momento elas foram introduzidas nos salões atraves dos bailes de máscaras bastante difundidos em toda Europa e trazido também para o Brasil.
Foi na cidade do Rio de Janeiro, por volta de 1840, então sede do Governo Imperial, que se realizou o primeiro baile público de máscaras do Brasil.
Debret e Rugendas pintores do Brasil Império, artistas encarregados de registrar tudo, deixaram inúmeras aquarelas, gravuras e pinturas destas manifestações populares.
O nome carnaval iniciou mais tarde tendo como origem a conjugação das pelavras do latim “ carnis (carne) + vale (adeus)” significando o início da quaresma e da abstenção de carnes na dieta. O entrudo apesar das tentativas de proibição continuou, embora em menor escala. Diante da mistura de costumes ocorrida pela migração com o crescimento das cidades foi perdido o grau de intimidade que reinava enquanto pequenas comunidades, o que contribuiu para a redução da sua prática. Pelas suas características induzem à reações adversas, por vezes levando à luta corporal, estes problemas fizeram com que o entrudo fosse pouco a pouco abandonado.
Em algumas cidades se mantem em manifestações isoladas como o “mela-mela” de Olinda e entre os “ pipocas” povo que segue o trio elétrico em Salvador com bolas de cêra repletas de água de cheiro ou apenas água.
Busquei todas estas informações como conexão para falar do entrudo na praia da Jaguaruna ou Arroio Corrente.