terça-feira, 25 de outubro de 2011

Monarquia

Monarquia
A monarquia está viva, ela ainda existe.
Esta forma de governo sobrevive em número significativo de países em todo mundo. A temida opressão existe apenas em regimes ditatoriais, sob argumento de democracia liberal onde nem a imprensa pode se manifestar.
Não tenho conceito firmado sobre as monárquicas do oriente, que são muitas. Sabemos que o império chinês fechou suas portas para o mundo ao atingirem elevado nível de desenvolvimento superando todas as outras culturas da época. Este bloqueio não evitou que os países alcançassem o conhecimento que tentaram obstruir durante quase 2000 anos. A revolução popular desmantelou a corte chinesa, cruzou grande período reprimido sob governo não monárquico, mas, totalitário e ditatorial. No Japão ainda é mantido o sistema imperial com grande valia, pois é aberto buscando o bem estar da população e não do governo. Todavia o respeito à figura do monarca é tão intensa que quando erra em cargo do governo não encontra além do suicídio a reparação de seu mal.
Podemos observar algumas situações como Dinamarca, Suécia, países monárquicos onde a condição da economia permite vida digna para seus súditos sendo repartida de forma semelhante, independente da atividade de cada um. A Inglaterra é a mais discutida, porém, centraliza boa parte das evoluções culturais porque é extremamente liberal sem abandonar o controle da população onde também há desvios de conduta, mas, não permanecem impunes. Recebem grande número de estrangeiros que lá permanecem exercendo as mais variadas funções. Honram àqueles originários de suas colônias zelando por seus direitos, reconhecendo a devida cidadania.
A Espanha cruzou longo tempo sem acatar sua casa real, entretanto obteve rápido e grande desenvolvimento após retornar à sua condição anterior de monarquia. Apesar de ter seu rei o sistema é parlamentar e socialista exercido pelo primeiro ministro em perfeita harmonia com a corte em favor de seu país.
Existem outras nações onde revoluções populares instalaram regimes comunistas em que apenas seus mandantes alcançaram o direito ao bem estar em contrapartida adotaram rígido controle contra a população o que em tempo curto, levou à falência, moral, econômica e social por falta de legitimidade.
Na América sob variadas formas mantinham um chefe (cacique ou rei) e praticavam o comunitarismo onde todos lutavam pelo bem comum como ainda perdura entre nossos indígenas.
Em outras situações como Venezuela, Cuba e Bolívia a promessa de liberdade e igualdade se transformou em ditadura repressiva e opressiva como estamos assistindo e exercida por pessoa comum e não rei.
Quando as pessoas que propõem o retorno ao regime monárquico para o Brasil se manifestam estão pensando em regime livre, respeitador, honesto dirigido para o bem comum.
Durante o governo de D Pedro II o sistema era parlamentarista com pessoas que exerciam papel de deputados e senadores. Nos municípios a função legisladora era exercida pelos conselheiros, pessoas escolhidas por consenso popular que amavam sua cidade, possuíam bens que os permitia dedicarem seu tempo sem qualquer remuneração. Além de cargo honorífico era salutar, pois eliminava os compromissos eleitorais que hoje interferem na moral, abrem a permissividade e estimulam a cobiça das pessoas.
O primeiro ministro eleito por seus pares administra os bens públicos voltado unicamente ao bem estar do povo. Perde seu mandato por falta de competência ou deslize moral
A figura do rei ou imperador representa um moderador que mantém as causas públicas dentro de uma linha de ação sem interferência ou retrocesso, pois não há variação de partido no comando. A decisão do que fazer cabe ao parlamento a forma de realizar cabe ao primeiro ministro e a mediação cabe ao monarca. Ele desde o seu nascimento é preparado para atuar como estadista, representar o país e por ele zelar. Como sua ascensão independe da política, não necessita fazer composições para alcançar o cargo, podendo manter total isenção e independência nas suas posições.
O rei utilizará suas propriedades e receberá salário como já acontecia com D Pedro II, enquanto suas atividades oficiais são providas pelo estado como é oferecido a qualquer governante.
A figura do rei faz parte da cultura do nosso povo, demonstrada nas vestimentas de carnaval que mantém a modelagem da corte, nos reis que nomeamos para futebol, musica, pipoca, soja, carne, etc.
Compramos e pagamos com o real, rendemos homenagem aos reis Roberto Carlos, Pelé e outros tantos ao mesmo tempo em que negamos a evidente necessidade do retorno à monarquia.