segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Barco em tempo ruim

O barco em tempo ruim.
Como sabem todo barco tem por baixo o casco redondo no sentido transversal e relativamente reto de proa a popa. A proa (frente) necessita de inclinação que force o casco subir e de uma lâmina vertical que corte as águas, já a popa (atrás) é montada de maneira a sustentar o casco sem permitir o embarque da onda que a persegue quando se navega a favor das vagas. Na parte inferior próximo ao apoio do mastro é a localização da quilha que é fixa e tem seu peso proporcional ao tamanho de cada iate, nos barcos menores para uma ou duas pessoas este recurso é feito com uma lâmina móvel de metal que é a bolina. Desta forma o barco pode inclinar até o vento escorregar pela vela deixando-o quase deitado que volta à sua posição vertical na primeira redução da causa. Isto não ocorre com os barcos pequenos chamados de monotipos e dotados de bolina que podem virar.
Este fato não apresenta maior perigo, pois são equipados com compartimentos estanques ou bóias de plástico que os mantém flutuando. Além do banho e da mobilização dos objetos dentro da embarcação, nada mais incomodo acontece.
Este peso de compensação corresponde ao que se chama de lastro que pode ser fixo como no caso da quilha que permite fazer dela uma embarcação estável e segura, móvel quando é carga como se faziam nas caravelas ou o peso dos tripulantes quando em barco pequeno. O lastro é calculado para suportar a pressão e esforço que o vento faz sobre as velas e deve compensar o efeito das estruturas altas (mastreação) permitindo uma inclinação segura e estável.
No manejo do barco devemos trocar de bordo, soltar ou caçar as velas na mudança de rumo e assim manter o equilíbrio. No vento forte a opção é mudar a vela de proa por uma menor, reduzir o tamanho da grande ou mestra para manter o equilíbrio do barco sem perder velocidade nem a potencia tão importante para cortar as águas e manter a dirigibilidade. Existe momento dentro de uma tempestade que se retiram todas as velas e a navegação é feita em árvore seca a busca de abrigo. Outras vezes permite mínimas velas e exige que se soltem cabos (cordas) no mar com algum objeto amarrado que não afunde, chamada de âncora flutuante que ajuda a alinhar e manter o rumo por permitir estabilizar a embarcação, momento em que a mobilização sobre o convés é feita apenas quando for imprescindível e sempre preso a um cinto de segurança.
Nestas ocasiões o mar que se forma fica coberto de pequenas ondas que quebram e fazem espuma em tal quantidade que o mar se veste de branco, as vagas aumentam de tamanho e a visibilidade é muito prejudicada, se alguém cair na água dificilmente será encontrado. Todo marinheiro deve conhecer de costura, marcenaria, mecânica, primeiros socorros e principalmente o uso dos instrumentos de navegação. Distante e a noite nem sempre é possível ver as luzes da costa e nestes dias as estrelas estão encobertas e não há como se guiar sem GPS, posição determinada por satélite.Estes barcos em geral são equipados com rádio e a comunicação é muito importante.
Os pescadores se utilizam da vaga para apenas por intuição, saberem sem instrumento a direção da terra.
Não sobra roupa seca uma vez que a chuva e o respingo do mar molham tudo e ninguém pode abandonar seu posto para nada.
O trabalho é dividido por turnos de quatro horas quando e o repouso num beliche que se chama de tarimba é obrigatório, depois de algum tempo quando ali consegue dormir, o marinheiro esta tarimbado.
A parte anterior das tempestades é chamada de cabeça e tem maior intensidade. Estes instantes são rápidos, irregulares e violentos, porém, a borrasca amaina, regulariza e a tranqüilidade volta a bordo. Embora trabalhosas e difíceis as soluções, são obtidas por que quem vai ao mar se prepara em terra.
Frio e fome não existem, apenas líquido é de consumo rigoroso.
Na ausência de ventos (calmaria) era passar o tempo com o barco parado balançando. Entre os tripulantes tinham aqueles que representavam peças de teatro ou músicos que executavam composições feitas especialmente para serem apresentadas a bordo como existe até hoje em navios de cruzeiro.