quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Aquilino

A PORCA DO AQUILINO
Em outra ocasião o Sr Aquelino foi vítima do Sr Assis, pessoa humana, mas, muito brincalhona que morava na praia do Meio, também Coqueiros, logo após à praia da Saudade. Junto com meu avô levou um ventríloquo. Sei Aquilino tinha uma porca magra cheia de bicho do pé ( Tunga Penetrans) nas pernas. Após apresentados desenvolveram uma conversa sem compromisso sobre as generalidades de uma chácara. Revistaram o pé de cambucá que ladeava a malha de bananeiras em frente ao bambuzal que abrigava pequeno chiqueiro, local onde vivia a dona porca. Discutiram sobre as galinhas na maioria carijós e sobre o galo inglês brigão e lutador. Assim caminharam até o cercado da infeliz suína. Parados ali, questionaram propositadamente sobre as condições da alimentação e saúde do animal. Em dado momento, de surpresa, o Sr Assis perguntou solenemente:
- Dona porca este senhor está lhe tratando bem?
Ao que e o ventríloquo prontamente responde:
- Não senhor, veja só, a água é pouca, minhas pernas estão uma lastima.
- Quer dizer que dá para tratar este seu mal ?
- Dá senhor, é só lavar com sabão e aplicar remédio.
- E comida, recebes bastante?
- Qual o que homem, veja como estou magra e pálida, aqui eu passo fome!
O Sr Aquelino muito espantado dentro de sua inocência interrompe o diálogo olhando para meu avô;
- Senhor, eu juro, esta porca é uma grande mentirosa. Não acreditem nela.
Daí, diante dos fatos e do constrangimento do chacareiro, deram alguns conselhos pertinentes e se afastam despedindo-se da porca com as devidas saudações e ele ficou a interrogar a porca que nunca mais respondeu à niguem.