quarta-feira, 11 de abril de 2012

Serras Catarinenses

As serras catarinenses
Da região de Passo de Torres/Praia Grande até a serra de Corupá que leva a São Bento do Sul, vimos observando as belezas e riquezas naturais que integram a serra catarinense.
Guardando uma distancia entre o mar e a montanha em torno de sessenta quilômetros no sul que reduz a medida que alcança o norte do estado. As montanhas que se acercam ao mar tornam nossa costa recortada com lindas praias. As serras na verdade foram colonizadas por pessoas que se utilizavam na sua origem de aparelhos industriais ou industrializados. Conheciam o vapor e a hidráulica. Sem nenhuma proteção, foram distribuídos pelas nossas montanhas e de uma ou outra forma se auto- abasteceram. Montaram seus martelos, machados, tafonas e engenhos hidráulicos, movidos à água, ingressaram na metalúrgica e fizeram seus utensílios de marcenaria, carpintaria, alambiques, atuaram na indústria de vinho que decaiu depois da peste da filoxera. O tempo passou e o relevo acidentado sempre dificultou a integração entre os habitantes deste território. A maior riqueza na verdade é a obra da natureza que dotou a região com as mais variadas condições, como os aparados, cânions, encostas, pedras e matas. Os rios que dela nascem tem tamanhos e volumes de intermediários a pequenos, com águas claras correndo entre pedras formando grande numero de lindas cachoeiras.
O primeiro é o rio Mampituba (do guarani que significa corrente de água dentro d’água) que nos separa do Rio Grande do Sul junto ao litoral e se origina nas encostas e no cânion Taimbezinho o maior de todos e corre dentro de um alagado.
Os Aparados da Serra coletam água da umidade do ar que vem do mar e dos banhados que se formam na parte do altiplano onde nas zonas de nevoeiros esta suspensão se deposita.
Em linha quase reta esta formação segue em direção norte de Torres ate Timbé do Sul. Em cada corrida de água a erosão forma os vários cânions que lá existem sendo o mais conhecido aquele que recebe o nome de Taimbezinho em que a parte do leito na profundidade é Santa Catarina e a borda no planalto é no Rio Grande do Sul.
As montanhas mudam sua direção para leste e se dirigem assim até próximo a Lauro Muller onde retornam ao rumo norte.
Nesta altura temos uma grande obra em concreto que é a travessia dos aparados pela Serra do Rio do Rastro que se dirige a São Joaquim e todo planalto com altitude acima de 1200 m.
Em todo este trecho descrito da nossa geografia se existisse uma estrada asfaltada do tipo vicinal que permita transito local sem necessitar das características de grandes rodovias, iguais àquelas pequenas que existem em toda Europa.
Este recurso permitirá às pessoas criarem seus aproveitamentos como restaurantes, pousadas, hotéis, artesanato, fabricas, organizações de recantos com suas cascatas, pequenos lagos, etc. Na altura de Grão Pará a estrada atual, de barro, se dirige para oeste e ao aproximar das montanhas, onde belo trabalho de engenharia permite cruzar a serra do Corvo Branco por um corte abrupto na rocha com oitenta metros de altura em suas paredes e sinuoso segmento em difícil subida, para chegar ao planalto acima de 1500m.
Neste ponto estamos próximos ao Morro da Igreja, ponto mais alto do sul do país, com seus 2200m que alberga a estação da Sindacta e expõe uma rara obra de arte da natureza que é a Pedra Furada. Logo alcançamos Urubici, produtor e beneficiador de madeira, nas atividades agrícolas dedica-se ao cultivo de maçãs, milho e subsistência. Abastece importantes mercados com suas trutas. Destacando-se na elaboração do único vinho do Brasil elaborado a partir de uva que já esteve congelada o “ice wine” alem de belo e disputado espumante da vila de Pericó.
Ao longo do restante da serra ate Rancho Queimado cruza por Rio Fortuna, Santa Rosa de Lima, Anitapolis que alem das jazidas de fosfato existem composições pitorescas da natureza com rios e cachoeiras de rara beleza que permitem as mais diversas possibilidades de uso, mas, faltam estradas.
A estrada poderia chamar-se no sul “Rota dos cânions” de Praia Grande ate Rancho Queimado, de Angelina ate Vigolo e Nova Trento pode ficar conhecida como a “Rota da Santa” e depois até São Bento do Sul a “ Rota do Progresso” ou em seu total como “ Rota da integração das montanhas ou serras Catarinenses”.
“Rota do Altiplano Catarinense”.