sexta-feira, 11 de setembro de 2015



Manifestação de repudio

A Academia de Medicina do Estado de Santa Catarina, diante da truculência dos atos do governo Federal seja por decretos diretos do gabinete da presidência da República, indiretamente através de seus representantes ministeriais ligados à saúde ou daqueles poderes legisladores de cujas negociações resultam em interferência no exercício da medicina no Brasil, se vê obrigada a protestar repudiando os atos que criaram o “Mais médico” assim como o “Mais especialista”.
Todas as atitudes foram tomadas na contramão do que preconizam e postulam nossas entidades de classe e autarquia de fiscalização da medicina que há muitos anos vem aprimorando o sistema de controle, desenvolvimento e qualidade do profissional, para evitar riscos de não permitir a atuação do despreparado que leva risco à população.
Em consonância com o que é estabelecido em todo o mundo, nossas sociedades de especialidade vêm aprimorando a qualidade dos cursos de formação “latu sensu”, realizando provas a cada ano durante o tempo de preparação para avaliar tanto o aluno como o próprio serviço.
A maioria das especializações médicas em razão da complexidade e do conteúdo cada vez maior de conhecimentos, passou a exigir dois anos de curso básico como pré-requisito para depois em mais três deles ensinar a especialidade, portanto mais cinco anos alem dos seis já cursados para receber o diploma de médico o que significam 11 anos de formação.
Houve um decreto que pretendia retirar do Conselho Federal de Medicina e Comissão Nacional de Residencia Médica e passar inteiramente para o Ministério da Saúde com redução do tempo para meses, deixando evidente a intencional manobra de enfrentamento, sem a possibilidade consciente de preparar com qualidade o médico especialista.  Tudo isto depois da intervenção do CFM e as associações médicas foi tudo revertido e já publicado no Diário Oficial da União.
Entre tudo, o que lhes vale, é uma estatística forjada onde números astronômicos e inverídicos enganam a população menos avisada que crê na noticia elaborada para denegrir a classe médica.
Lembramos aos confrades e confreiras que há muito o partido no governo vem desenvolvendo a aplicação do decálogo de Lenine no qual entre outras ações recomendadas em sua estratégia de implantação do regime socialista num país sem confronto bélico, preconiza a desacreditação nas e das instituições de direito estabelecidas.
Quero lembrar que o poder do médico na sociedade é temido pela classe política porque, acreditando nele, tem seus pacientes que em conversa particular seguem todos os seus conselhos.
Desta forma pensando, lembramos a nobre classe médica e aos ilibados colegas de nossa Academia que não se ausentem do processo, pois o drama atual que vivenciamos tem repercussão sobre a classe e desorganiza o país.
Cuidemos todos, pois quando o caos estiver instalado os atuais mandantes tentarão modificar a atual Constituição e implantar o  regime de força socialista.
O médico e a medicina não deveriam e não devem ser utilizados com objetivos políticos.