“O Brasil registra 35 legendas”
Não existem tantas correntes ideológicas no mundo.
As variações dentro do mesmo tema não constituem ideologias
diferentes que justifiquem tantos partidos políticos.
Na verdade, eles não têm identidade a ponto de existirem a nível
nacional de maneira uníssona com os mesmo direito e obrigação que oriente as ações
de seus membros.
Esta diversificação que existe em cada estado ou município
segue orientações diferentes, aquelas mais convenientes.
Estamos assistindo partidos que no parlamento se apresentam
independentes, coligados ou concorrentes, entretanto nos estados são feitas coalisões
entre parcela do partido de acordo com a conveniência de cada estado ao sabor
do filiado local que se tornam dissidentes nestes espaços.
Daí chegamos à triste conclusão que não existe um partido com
ideologia e sim com conveniências eleitoreiras.
Na verdade, são líderes que criam agremiações para manter e
usufruir o seu poder regional não importando que tipo de acordos sejam feitos.
Não se unem em torno de uma ideologia e assim sendo se
permitem a qualquer tipo de negociação, independente da chamada ”fidelidade
partidária”.
O partido, por sua vez aceita este “deslize”, desde que dele
resulte a vitória, sem menor consideração para com seus eleitores.
Porque entre nós não há a possibilidade de existir um
candidato independente, sem filiação partidária.
Nos países desenvolvidos, existem partidos políticos em menor
número ou no mínimo dois mais importantes. Assim é com os
sindicatos que em número de 17500 não há nenhum com força política real e dominadora.
Entendemos que a política é a arte de liderar a sociedade ou
parte dela. Para tanto deve defender uma ideia definida e honesta a ser
aplicada em benéfico de todos os liderados e não como meta de vantagens
pessoais.
Isto é idealismo, cuja corrente ideológica deve se manifestar
apenas pelo sistema e não pela dominação.
Para isto a população de ser instruída e orientada, não
permeada de incultos, analfabetos, inocentes e crédulos.
O que assistimos é um mercado injusto e desonesto onde a
grande moeda é a influência, cujo capital é o número de votos recebidos sem
valorizar a forma de obtê-los com ou sem mentiras, compra, ilusão, promessas,
etc.
A grande compra de votos e manutenção de um povo subjugado no
Brasil chama-se “Bolsa família” e as vantagens e promessas associadas.