Prótese de silicone 2
Continuando com o tema que esta levantando tanta discussão, sob certos aspectos, tratada com leviandade.
Todo governo tem sob sua responsabilidade a análise e acreditação dos alimentos, produtos de uso médico, medicamentos, técnicas de exames, propostas de tratamentos, próteses de todo tipo. No Brasil cabe a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Confiantes os profissionais da saúde se utilizam de todo recurso com a chancela deste órgão.
Também as próteses de mama entram no mercado, somente após sua devida aprovação, incluindo as francesas que hoje tão questionadas.
Na pratica médica a inclusão de silicone para atender as necessidades da mulher e suas mamas esta atrelada a três principais indicações: - reconstrução da mama removida por câncer ou outra patologia; - casos de atrofia severa para fazê-la existir e ainda o desejo de aumentar e elevar.
A finalidade única e primordial da prótese é aumentar o volume mamário.
Nos casos de troca temos alguns critérios que norteiam levando em conta que a prótese incluída não deve dar nenhuma repercussão. Diante de sintomas como ruptura, dor, alteração da forma, enrijecimento é importante a avaliação médica. Outra razão é vontade de trocar por insuficiência de tamanho. No caso de queda da glândula por diante da prótese o recurso é a troca por tamanho maior e ou retirada da pele excedente.
Entretanto não há quadro de urgência mesmo diante da rotura que obriga a troca, mas, sem angustia ou atropelo.
O exame clínico e a ressonância magnética são soberanos com auxilio do ultrasom para o diagnostico de rotura de prótese.
Todas podem romper espontaneamente, por trauma quando submetida a esforço excessivo ou por pancada em acidentes.
As próteses tem resistências muito parecidas tanto que as marcas ora em discussão PIP e ROFIL aparecem nas estatísticas com apenas 1% a mais de possibilidade de rompimento em relação às outras.
Toda fábrica mantém seu laboratório para testar contração, compressão e tração definindo a força necessária para haver a rotura da prótese. Devido a estes cuidados podemos entender que em condições normais as próteses não rompem sem causa externa.
O fato de ser inerte é a grande vantagem do silicone sobre outros materiais já pesquisados, permite ser bem aceito com pouca ou nenhuma reação sem exigir qualquer intervenção cirúrgica ou medicamentosa.
A infecção, apesar de indesejada, pode ocorrer por burla de todo cuidado e prevenção dispensados. Diante desta desventura é obrigatório retirar a prótese atingida, curar o processo e depois de algum tempo recolocar outra, diante deste motivo as fabricas costumam honrar esta troca.
Existem empresas que recomendam um prazo para efetuar a substituição independentemente das condições locais ou gerais.
Pessoalmente, apoiado no espírito da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, recomendamos a troca da prótese apenas quando existem sintomas com comprovação laboratorial do diagnostico ou quando a paciente solicita com finalidade de eliminar, diminuir ou aumentar o volume.
O tamanho ideal é aquele que torna real o volume na região das mamas e mantém equilíbrio entre ela e o tórax que as sustenta. Na minha analise para recomendar um tamanho sugiro ao paciente que busque a merecida harmonia dentro dos conhecimentos propostos por Fibonacci que é muito antiga e orientou artistas como Michelangelo e Da Vinci na produção de suas obras mais admiradas.
Hoje melhorou entre as candidatas o entendimento sobre o tamanho e quase desapareceu a competição de volume que liderou por algum tempo os conceitos de beleza e sensualidade.
Outros estudos clínicos ou de ensaios laboratoriais não evidenciaram relação de causa e efeito entre a presença de silicone incluído e o aparecimento de câncer no local nem a distancia.
Alguns tópicos devem ser observados.
Não há discussão sobre as próteses de silicone não mamárias.
Todos, ainda que em mínimas quantidades, ingerimos silicone que circula no sangue e deposita nos tecidos oriundos das embalagens de alimentos que recebem este material em seu tratamento.
No mundo leigo, realizado por curiosos não médicos nem da área, são injetados grandes volumes de silicone industrial para ganho de formas diferentes das do seu sexo original e nos hospitais eles não aparecem com problemas que possam ser relacionados ao material utilizado.
Todas as portadoras de próteses mamárias que estejam vivendo momentos de dúvida e angustia devem procurar seus médicos e com eles analisar as suas condições.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
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