Cirurgia do abdômen.
Quando nos referimos ao abdome queremos falar da sua parede anterior que tem seus limites assim organizados. Lateralmente na porção superior, as costelas, abaixo os flancos e a crista ilíaca. Na porção anterior necessitamos apreciar sob vários aspectos como, geral, linha central, sentido crânio/caudal e latero/lateral. Na visão geral a parede é formada por uma membrana profunda chamada de peritônio, tem fina camada adiposa e encosta nas aponeuroses que são as capas dos músculos, no centro o músculo reto abdominal e lateralmente os músculos oblíquos superficiais e profundos, por diante dos músculos citados, temos os folhetos anteriores das aponeuroses que são recobertos por gordura de espessura variada formando o tecido celular subcutâneo e tudo contido pela pele. O bordo do gradil costal limita o bordo superior da parede e a bacia limita o inferior. A cirurgia consiste em fazer uma incisão transversal o mais baixo possível interessando pele e gordura até a aponeurose, conforme permita a altura do umbigo em relação ao púbis e tão longa quanto maior for a flacidez do local (pele e gordura). Na linha média é feito o descolamento neste plano entre as aponeuroses e gordura até atingir o processo xifóide junto ao bordo das costelas. O tratamento que é dado ao umbigo consiste em fazer uma incisão em torno deixando-o livre do retalho descolado ( pele e gordura). Existem muitos formatos para esta incisão, cada cirurgião elege aquela que melhores resultados ele obtém. Isolado o umbigo e completado o descolamento iniciamos o pregueamento dos músculos reto abdominais aproximando um ao outro de maneira a produzir cintura reduzindo assim o diâmetro transversal, com pontos de fio inabsorvivel. Passo seguinte tracionamos o retalho ( pele e gordura) em direção inferior e determinamos o novo local do umbigo, retirando também, o excesso de pele e gordura. Isto é feito eliminando a gordura na altura, mas, não na espessura.
Quando necessário fazemos redução do comprimento dos músculos oblíquos o que melhora ainda mais a qualidade da cintura. A retirada excessiva de pele na altura da linha média eleva demasiadamente o monte de Vênus podendo reduzir a sensibilidade no relacionamento. Inicialmente é necessário curativo por 12/24h que é seguido por cinta compressiva, cujo tempo de uso, depende do amadurecimento da cicatriz e redução do edema intrínseco que varia de seis meses a um ano. O acompanhamento pós-operatório é longo para permitir estas avaliações.
A cirugia não libera a boca e é possível engordar com tristes conseqüências.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
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