sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Abdomen

Cirurgia do abdômen.
Quando nos referimos ao abdome queremos falar da sua parede anterior que tem seus limites assim organizados. Lateralmente na porção superior, as costelas, abaixo os flancos e a crista ilíaca. Na porção anterior necessitamos apreciar sob vários aspectos como, geral, linha central, sentido crânio/caudal e latero/lateral. Na visão geral a parede é formada por uma membrana profunda chamada de peritônio, tem fina camada adiposa e encosta nas aponeuroses que são as capas dos músculos, no centro o músculo reto abdominal e lateralmente os músculos oblíquos superficiais e profundos, por diante dos músculos citados, temos os folhetos anteriores das aponeuroses que são recobertos por gordura de espessura variada formando o tecido celular subcutâneo e tudo contido pela pele. O bordo do gradil costal limita o bordo superior da parede e a bacia limita o inferior. A cirurgia consiste em fazer uma incisão transversal o mais baixo possível interessando pele e gordura até a aponeurose, conforme permita a altura do umbigo em relação ao púbis e tão longa quanto maior for a flacidez do local (pele e gordura). Na linha média é feito o descolamento neste plano entre as aponeuroses e gordura até atingir o processo xifóide junto ao bordo das costelas. O tratamento que é dado ao umbigo consiste em fazer uma incisão em torno deixando-o livre do retalho descolado ( pele e gordura). Existem muitos formatos para esta incisão, cada cirurgião elege aquela que melhores resultados ele obtém. Isolado o umbigo e completado o descolamento iniciamos o pregueamento dos músculos reto abdominais aproximando um ao outro de maneira a produzir cintura reduzindo assim o diâmetro transversal, com pontos de fio inabsorvivel. Passo seguinte tracionamos o retalho ( pele e gordura) em direção inferior e determinamos o novo local do umbigo, retirando também, o excesso de pele e gordura. Isto é feito eliminando a gordura na altura, mas, não na espessura.
Quando necessário fazemos redução do comprimento dos músculos oblíquos o que melhora ainda mais a qualidade da cintura. A retirada excessiva de pele na altura da linha média eleva demasiadamente o monte de Vênus podendo reduzir a sensibilidade no relacionamento. Inicialmente é necessário curativo por 12/24h que é seguido por cinta compressiva, cujo tempo de uso, depende do amadurecimento da cicatriz e redução do edema intrínseco que varia de seis meses a um ano. O acompanhamento pós-operatório é longo para permitir estas avaliações.
A cirugia não libera a boca e é possível engordar com tristes conseqüências.

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