Vamos escolher um vinho
Desejo transmitir
neste texto alguns aspectos que possam auxiliar na seleção e compra de um
vinho.
Este assunto é
cercado de interpretações que dependem do conhecimento, conceitos, gosto e
treinamento de cada um.
Desejo colocar
desta forma que tem aquele que apenas bebe sem qualquer curiosidade e retira do
vinho apenas seu sabor genérico e o efeito do álcool. Para ele não importa o
tipo de uva e nenhum outro elemento que os interessados valorizam, ao final
queixa-se ou não de cefaléia durante o período de recuperação do excesso
ingerido e suas conseqüências. Em geral optam por vinho suave daqueles de
garrafão que tem sua acidez abrandada pelo açúcar.
Tem os que
gostam de ouvir falar do tema, tirar suas conclusões corretas ou não,
locupletando-se depois apenas com platéia que o escute. Dependendo do estágio
etílico, emitem e defendem conceitos criados por eles, nem sempre
correspondendo com os da enologia.
Assim existem
conceitos mínimos a serem observados. Primeiro o prato que vai ser servido
naquela refeição. Quando se fala em harmonização do vinho significa que nunca o
sabor o vinho pode superar e encobrir o sabor da comida assim como o do prato
servido não deve superar o do vinho oferecido.
Desta forma estaremos estabelecendo a harmonia entre o vinho e a comida.
Como em geral os pescados exceto o bacalhau são de paladar delicado e o vinho
deve ser branco por não apresentar muita personalidade (bacalhau é com vinho verde que bem mais
definido de sabor) enquanto os pratos elaborados com carne permitem vinho tinto
até os de maior personalidade. Não é habito utilizar vinho adocicado salvo em
condições especiais como o “sauterne”
com “fois gras”.
Vinho branco
ao ser produzido não tem contato com a casca o que os torna mais delicados,
principalmente quando utilizadas uvas tintas para sua produção.
O vinho rose
tem pouco contato com as cascas e se torna mais versátil podendo acompanhar
carnes e pescados.
O vinho rose
tem variação de cor entre rosado simples e rosado escuro. Este último é mais
intenso de sabor e nível alcoólico e pode atender as exigências desde as
frituras até a feijoada, no caso dos sul americanos enquanto os mais claros em
geral da região da “Provence” francesa em torno de “Marseille e Aix au
Provence” são mais delicados com menor teor alcoólico que se ajusta bem com
frituras e frutos do mar.
Os tintos
fermentam em contato com a casca de onde retiram a cor e o tanino tornando-se
mais encorpados exigindo pratos de sabor mais fortes e definidos.
Devemos evitar
vinho que na garrafa se apresenta com cor laranja ou amarela, prefira os
claros, límpidos sem borra. Idade em geral menor que 3 anos para rose e branco
e até 5 para os tintos encorpados. Para
optar por uma safra de idade com maior estacionamento deve-se estar bem
informado pois do contrário, esta muito próximo do desencanto. A armazenagem do vinho requer muita
paciência, atenção, condições e disciplina para manter o repouso em local
apropriado. Então ao procurar um
estabelecimento que venda vinho deve ser observada a forma de exposição em
prateleiras expostas à luz do sol, deitadas ou de pé, condições do rótulo,
condições da rolha e estado da garrafa.
A garrafa deve
ter gargalo longo, disco profundo na base e paredes espessas. As rolhas devem
ser de cortiça, ter no mínimo 3cm de comprimento e não podem estar molhadas ou
manchadas na face externa. Procurar rótulos intactos, legíveis de preferência
sem rasuras.
Finalizando, o
melhor vinho na verdade é aquele que
você conhece e gosta, com preço que cabe no seu bolso.
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