Brasil, tua saúde como está?
O abandono estatal da saúde, hoje no Brasil, é um marco negro
na história do país. Em todos os setores a situação está de uma forma tão degradada por falta
absoluta de investimento na conservação dos hospitais e equipamento já
existentes ao mesmo tempo que os
funcionários envolvidos no sistema são apresentados como os vilões responsáveis.
As condições deterioradas e defasadas dos hospitais são utilizadas em
noticiário da televisão nacional e regional como ilustração de enredo de filme
de terror.
Há muito que o noticiário se ocupa em trazer a publico as
dificuldades do contribuinte que busca a assistência gratuita oferecida pelo
estado, paradoxalmente apresentada como em excelentes condições.
Na verdade na constituição nacional consta que a saúde é
direito do povo e obrigação do estado.
Apesar desta obrigação constitucional, se analisarmos
imparcialmente, podemos constatar a sua
insuficiência observando a enorme proliferação de entidades prestadoras de
assistência de saúde em regime privado que existem.
Quando veio a defasagem entre o custo de vida, inflação e as
correções dos honorários, a classe médica criou uma cooperativa de prestação de
serviço acreditando em melhorar seus ganhos sem onerar a população.
Proliferaram as empresas de pré pagamento em sua maioria
associadas aos bancos que se retiraram quando surgiram leis que determinavam
como e que tipo de morbidades deviam assistir. Como eram baseadas no credo das seguradoras as
prestadoras de assistência médica passaram a enfrentar dificuldades pela
defasagem entre a arrecadação e o compromisso imposto pelo estado. Irônica é a situação de alguns procedimentos
médicos a serem utilizados em pacientes que em razão de falta de recursos, não
são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde ( SUS), mas, os grupos privados são
obrigados a oferecer sem poder incluir no seu custo operacional.
A relação custo/receita ficou negativa e aquilo que poderia
ser a melhoria das condições de trabalho
ruíram. Na verdade a cooperativa manuseia
uma bela arrecadação com custo operacional tão alto que não atende a proposta
de sua criação, mas, completa e soluciona convenientemente a obrigação do
estado.
Por outro lado no sentido de pretenso bloqueio de favoritismo
ficaram proibidas as livres contratações.
O ingresso de funcionário na estrutura do estado em qualquer
nível passou a ser efetivada somente após concurso publico.
Este item é obedecido e os administradores ficam de mão atada
pela lei da responsabilidade fiscal que proíbe contratar se não há o numerário
suficiente para esta função e os hospitais seguem sem os funcionários
necessários para suas ações e manutenção
da estrutura.
Ocorre a aposentadoria ou evasão voluntária gerando vagas que
não são preenchidas dentro do mesmo setor em benefício de outro, como aconteceu
recentemente com a cardiologia do Hospital Homero de Miranda Gomes que recebeu
funcionários remanejados de dentro da secretaria. Despiu-se um santo para
vestir outro.
O Hospital Joana de Gusmão é vítima desta burocracia cega e
incessível.
Soluções como aquela não resolvem, a população aumenta e com
ela a arrecadação e os serviços públicos deterioram por falta de recursos.
Não entendemos como há economia para atender com donativos
outros países enquanto internamente esta escrito nos muros “nem tudo vai bem”
Sabemos mas também não entendemos porque os estados, não tem
total autonomia sobre seu erário, tendo que subsistir à custa de mendicância contando
com a boa vontade e misericórdia do
governo central que tem as vezes outros amigos.
Também as universidades estão priorizando a generalidade
enquanto o conhecimento humano esta caminhando para a especialização, única
forma de cada um saber muito no lugar de muitos sabendo pouco.
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