quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Cotas de benefífcios discriminatórios

Cotas de benefício discriminatórias Não sou contra ninguém nem a nada, mas está havendo séria distorção social no país. É cômico neste Brasil, os únicos que têm direitos com as leis menores que a Constituição são os animais e os não brancos. Tem proteção para bicho, outras raças e opções sexuais eventuais. Nos outros países democráticos, todos são iguais, com os mesmos direitos e obrigações. No Brasil não, tem cota para tudo. Aquele que pensa mais, trabalha mais e gera emprego é combatido e criminalizado pelos arautos do bem-estar social desde que não necessitem trabalhar, porque recebem benefícios do Estado, chamados de bolsa. Esta é a razão pela qual não coloco meu nome nestes movimentos de proteção a excepcionalidades. Há negro, por exemplo, que comanda vários setores políticos, sociais e esportivos no mundo inteiro, assim como Pelé, Joaquim Barbosa, Barack Obama. Alcançaram seus espaços e suas posições sem utilizar cotas, mesmo vindo de origens menos favorecidas. Ao mesmo tempo, é grande o número de humanos, adultos e crianças, vagando pelas ruas sem qualquer atenção social, entre eles alguns diplomados, descrentes e sem propósito de viver. Paralelamente os animais. Tem associações de proteção que sobrevivem de verbas públicas, às vezes faltando para atender o bem-estar de crianças, como alimentação e tratamentos. Os outros favorecidos pelas cotas são produto da ausência crônica do Estado naquilo que concerne à educação. Consideramos muito pior e degradante pela mesma ausência o déficit na qualidade e escassez do conteúdo ensinado e exigido. Em Florianópolis, quando terminávamos o segundo grau, apesar das escolas privadas de muito boa qualidade, a melhor e que mais aprovava nos vestibulares era o Instituto Estadual de Educação. Isso já não é a verdade atual. Apenas com a intenção de narrar, sem a de comparar a capacidade individual atual nesta época, os professores sabiam muito de suas matérias e os alunos tinham que atender a todos, fazendo-se aprovar nas provas de cada um. Por consequência, tinham que saber tudo que cada professor sabia e muitos logravam aprovação no concurso sem frequentar cursinho de pré-vestibular. As provas eram dissertativas, o que exigia boa redação, onde em todas o português também reprovava. Em todas os cálculos, erros técnicos ou afirmações aberrantes também reprovavam. Não havia o binário da sorte, onde cada quadradinho para marcar com “X” tem apenas certo/errado e depende da sorte ou do ouvi falar, sem traduzir o real conhecimento. Alguns chegam à faculdade escrevendo osso com “ç” (oço), ou sexo com “quiç” (sequiço). Ao serem reprovados, recorrem ao Conselho Universitário, que os aprova sob a justificativa de que o exame não era de Português. Isso como se a língua oficial da pátria, o atualmente combalido português, fosse um objeto de mero uso secundário, dispensável e não obrigatório no espaço onde a cultura e a ciência são as molas mestras. Hoje, com as cotas, alguns escolhidos são beneficiados, enquanto outras minorias, como imigrantes europeus, orientais ou nórdicos, com passado erudito, necessitam sentar e estudar para conquistar os seus espaços, sem ocupar os lugares dos chamados excluídos, ou seja, abandonados pelo próprio Estado. De onde esta gente vem, todos estão acostumados a utilizar o que lhes oferecem os Estados que, sem dúvida, tem a qualidade mínima necessária para dali extrair um excelente técnico, não necessariamente um diplomado. Foi-me passada a informação de que 10% da população chinesa está envolvida com ciência de todas as áreas, constituindo o corpo de pensadores de sua sociedade. Este número corresponde a praticamente a população brasileira na sua totalidade. Temos, sim, que pensar em geologia, matemática, esporte, lazer, biodiversidade, ecologia, medicina, cibernética, engenharia, sempre olhando seu aproveitamento e conservação. O espírito é igual àquele que se utiliza d´água, deixando passar a que não necessita sem retê-la para seu benefício pessoal e financeiro, para que os outros sejam respeitados em seus direitos que lhes são devidos. Espero que os criadores das cotas sejam capazes de perceber esta realidade e usem outro caminho para seu sucesso eleitoral, ou a sociedade outra vez pagará.

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